Defesa pede à Justiça para Flordelis retirar a tornozeleira eletrônica
Pedido foi feito à juíza Nearis Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói. Advogados da parlamentar alegam problemas constantes no equipamento
atualizado
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Rio de Janeiro – Advogados da deputada federal Flordelis dos Santos Souza (PSD) pediram à juíza Nearis Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, a retirada da tornozeleira eletrônica. Eles alegam problemas no equipamento.
A parlamentar é acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em 2019.
“Tem ocorrido muitos problemas, que atestam falsas violações. Em poucos meses, ela teve de ir três vezes à Secretaria de Administração Penitenciária em meio à pandemia”, afirmou o advogado Rodrigo Faucz.
Entre os dias 19 e 20 de maio, a parlamentar ficou mais de 24 horas com o equipamento inativo. A defesa argumenta que houve o rompimento de uma peça. “Toda vez que se tenta ligar para o número da central para informar que está com problema, são horas e mais horas para conseguir falar. Mas ela sempre liga”, disse Faucz.
No histórico de uso da tornozeleira, desde de outubro, há registros de 20 violações, só em março foram oito.
Participação em crime
Flordelis e mais nove acusados vão a júri popular no caso da morte do pastor Anderson.
O mandato da deputada também está em xeque, em um processo de cassação na Câmara dos Deputados.
Na terça-feira (29/6), a juíza negou um pedido de suspeição protocolado pela defesa da parlamentar. Os advogados pediram o afastamento da magistrada do caso do assassinato do pastor e a suspensão do processo, o que também foi negado por falta de previsão no Código de Processo Penal.
Na decisão, a juíza destacou que o processo transcorre normalmente desde o começo, sem distinções.