Defesa nega que vídeo de agressor de Moraes entregue à PF foi editado
A PF solicitou a íntegra do vídeo para fazer uma perícia. O material teria em torno de 10 segundos
atualizado
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As investigações sobre o caso de agressão ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes seguem com o desdobramento de que o vídeo apresentado à Polícia Federal (PF) por um dos possíveis supostos agressores, o empresário Alex Zanatta, teria sido editado.
A informação é da Rádio CBN. O material teria em torno de 10 segundos, e a PF solicitou a íntegra para que pudesse realizar uma perícia.
O advogado de defesa dos agressores, Ralph Tórtima, alega que o vídeo já está na íntegra, e mencionou como argumento o fato de que “Zanatta] deu início às filmagens quando o ministro Alexandre de Moraes chegou, vindo de dentro da sala VIP, passou a fotografá-los”.
“O vídeo foi fornecido na sua íntegra. Conforme esclarecido em seu depoimento, Alex Zanatta disse que deu início às filmagens quando o ministro Alexandre de Moraes chegou, vindo de dentro da sala VIP, e passou a fotografá-los. Estivesse Alex filmando antes, o mesmo apareceria com o celular mas mãos nas fotografias tiradas pelo Ministro Alexandre de Moraes. Essa é uma prova incontroversa de que a gravação foi ofertada na sua plenitude, sem cortes e edições, reitere-se”, detalha a íntegra da nota elaborada pela defesa dos agressores.
A expectativa é de que o material captado pelas câmeras do Aeroporto de Fiumicino, em Roma, na Itália, chegue ao Brasil nesta sexta-feira (21/7), após autorização e finalização dos trâmites com a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).
Como revelou a coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, as imagens das câmeras de segurança do aeroporto internacional de Roma comprovam a versão do ministro do STF Alexandre de Moraes de que o filho dele levou um tapa de um dos brasileiros que xingaram o magistrado e a família.
Relembre
O ministro Alexandre de Moraes foi hostilizado na última sexta-feira (14/7) por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Fiumicino, em Roma.
Moraes passava pelo terminal com a família, vindo da palestra em Siena, quando foi abordado por três brasileiros que o teriam chamado de “bandido, comunista e comprado”.
Os supostos envolvidos já prestaram depoimento à Polícia Federal. Os esclarecimentos colhidos pela corporação, no entanto, têm divergências com o relato dado pelo ministro.