Defesa nega intenção de delação premiada de Fabrício Queiroz, diz coluna
O advogado Paulo Catta Preta conversou com o cliente, que disse não considerar uma delação no caso contra as rachadinhas
atualizado
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O advogado Paulo Catta Preta, que defende Fabrício Queiroz no processo contra as rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) durante mandato na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, disse que questionou o cliente sobre um possível acordo de delação premiada com os investigadores do caso. À defesa, o investigado disse que “não tem nada” a ser delatado.
“Doutor, eu não quero delatar e não tenho o que delatar”, relatou Catta Preta, em entrevista à colunista Monica Bergamo.
O advogado tem postura contrária a acordos de colaboração. Porém, semana passada, a informação de uma possível delação foi divulgada. “Disse a ele que, se fosse essa a opção, eu teria que sair do caso e indicar outro advogado. E ele me respondeu que era o contrário”, afirmou o defensor, à colunista. O diálogo ocorreu na última visita à Queiroz, na segunda-feira (29/06).
“Eu estou seguro com o que ele me disse. Não teria por que mentir”, reforçou o advogado. “Se quisesse fazer delação, ele teria que eticamente me comunicar”, continuou.
Ainda à Bergamo, Catta Pretta disse não acreditar em uma conversa do cliente com policiais e procuradores às escondidas. “A lei diz que qualquer contato [com um possível delator] sem a presença de defensores é nulo e irregular”, finalizou.