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Defesa do dono da Boate Kiss diz que decisão de Luiz Fux foi “ilegal”

Ministro do STF proibiu soltura dos condenados pelo incêndio na Boate Kiss. Defesa de Mauro Hoffmann pede reconsideração ou redistribuição

atualizado

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Boate Kiss
1 de 1 Boate Kiss - Foto: WIKIPEDIA COMMONS/DIVULGAÇÃO

A defesa do dono da Boate Kiss se pronunciou, nesta sexta-feira (17/12), sobre o fato de o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, proibir a soltura dos condenados pela morte de 242 pessoas no incêndio que aconteceu em 2013 no estabelecimento.

A petição encaminhada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul solicitava o impedimento de uma possível concessão de habeas corpus pela Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do RS. O pedido da concessão havia sido impetrado pelo advogado Jader Marques, representante do dono da boate Elissandro Spohr, e se estendia aos outros réus: o sócio da casa noturna, Mauro Hoffmann; o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos; e Luciano Bonilha Leão.

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Familiares de vítimas da Boate Kiss
Banca de defesa no julgamento da Boate Kiss
Depoente Venâncio Anschau
Sobrevivente da Boate Kiss casou-se com enfermeira
Cristiane dos Santos Clavé é mais uma sobrevivente da tragédia
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Incêndio na boate Kiss ocorreu em 2013

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Familiares de vítimas da Boate Kiss

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Banca de defesa no julgamento da Boate Kiss

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Depoente Venâncio Anschau

Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul/Reprodução
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Sobrevivente da Boate Kiss casou-se com enfermeira

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Cristiane dos Santos Clavé é mais uma sobrevivente da tragédia

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Kellen é outra sobrevivente da boate Kiss

Reprodução/G1

Em nota, a equipe do escritório Cipriani, Seligman de Menezes e Puerari Advogados, responsável pela defesa de Hoffmann, afirmou que interpôs um agravo regimental, dentro do processo de suspensão de liminar, dirigido ao ministro Luiz Fux. A intenção é que a decisão do veto seja analisada e reconsiderada por Fux ou que ele determine a distribuição a outro ministro.

A equipe ainda declarou que impetrou um novo pedido de habeas corpus, questionando a decisão do presidente do STF.

De acordo com os advogados, eles se reunirão, na próxima semana, com especialistas em Direito Internacional de Proteção de Direitos Humanos “para apresentar uma denúncia contra o Estado Brasileiro por violação dos Direitos Humanos relativamente ao princípio de presunção de inocência, ao princípio do devido processo legal e à garantia do habeas corpus”.

Eles apresentarão o resultado das reuniões à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. O sócio do escritório, Mário Cipriani, afirmou que o escritório considera a decisão do ministro “ilegal, por ter cassado uma decisão ainda não proferida”.

Na declaração, os advogados lamentaram o fato de o réu Mauro Hoffmann ter sido transferido do presídio de Tijucas (SC) para a Penitenciária Estadual de Canoas (Pecsn), uma vez que “o local em que Mauro se encontrava era aquele em que poderia ter maior contato com seus familiares”.

A nota, publicada no site do escritório, veio acompanhada de uma citação de Caetano Veloso: “Enquanto os homens exercem seus podres poderes, morrer e matar de fome, de raiva e de sede são tantas vezes gestos naturais”.

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