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Defesa de promotor de BH diz que mulher morreu engasgada

André Luis Garcia é suspeito de feminicídio. Lorenza apresentava marcas roxas na região cervical e vazamento de sangue no nariz e boca

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1 de 1 lorenza-maria-silva-de-pinho-418×235 - Foto: Reprodução/Facebook

A defesa do promotor André Luís Garcia de Pinho, preso no fim de semana como suspeito de ter matado a esposa, afirmou que a vítima morreu engasgada, após tomar medicamentos que impediram a reação do organismo. A justiça ainda definiu que a guarda dos quatro filhos ficará com um amigo do casal, Bruno Sander.

André é suspeito de feminicídio praticado contra a esposa, Lorenza Maria Silva de Pinho. O corpo da vítima está no IML. O advogado do promotor, Robson Lucas, afirmou que está “ansiosamente aguardando o laudo do IML para que a gente possa apresentar ao público e à Justiça os esclarecimentos sobre os fatos equivocados que constam contra Dr. André”, em entrevista ao UOL.

Segundo a defesa do promotor, ele não tinha motivação para o crime e a acusação está “se aproveitando desse fato, houve essa exposição midiática toda”. O advogado ainda afirmou que o IML confirmará que a causa da morte de Loenza foi asfixia e sufocamento por vômito ou por resto de alimentos”.

Guarda dos filhos

A decisão judicial de dar a guarda dos filhos para um amigo e não para familiares foi motivada por um documento deixado pelo casal, há dois anos, que definia que as crianças deveriam ficar com Bruno, caso algo acontecesse com os dois. Segundo a defesa de André, o documento foi assinado quando o promotor e a esposa estavam recebendo ameaças.

Tambem pesou na decisão o depoimento dos menores. Os dois mais velhos, de 15 e 17 anos, afirmaram que a família não mantinha contato há mais de um ano com o avô materno, o parente mais próximo. “Eles nunca tiveram qualquer intimidade e contato, mal conheciam o avô”, disse o advogado do promotor.

O caso

O corpo de Lorenza apresentava marcas roxas na região cervical e vazamento de sangue no nariz e boca. De acordo com a defesa de André, as lesões não foram resultado de agressão, mas do socorro médico.

O advogado do promotor afirmou que, no dia da morte, o casal estava dormindo com o filho mais novo, de 2 anos, quando a criança tentou acordar a mãe, que não respondeu. André, então, levou a mulher a outro cômodo e acionou o socorro do hospital Mater-Dei. A equipe médica tentou intubá-la, mas não conseguiu, pois as vias respiratórias estavam bloqueadas.

A defesa do promotor afirmou que Lorenza havia realizado um procedimento de redução de estômogo há alguns anos e que ela sofria de depressão. “Nos últimos anos, foi se agravando o quadro depressivo e ela fazia uso constante de medicamentos para dormir”, afirmou o advogado.

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