Defesa de policial que matou tesoureiro do PT deixa o caso
Renúncia da defesa ocorre a poucos dias do policial ser levado a julgamento. Jorge Guaranho é acusado de matar o guarda Marcelo Arruda
atualizado
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A poucos dias de ser julgado pela morte de tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), a defesa do ex-policial penal Jorge Guaranho deixou o caso. A renúncia da defesa foi motivada por falta de pagamento.
O julgamento do caso por meio de um júri popular está previsto para o próximo 4 de abril.
“A renúncia juntada pelos advogados foi motivada pelo inadimplemento contratual”, descatou o escritório Dalledone e Advogados Associados, em nota enviada ao Metrópoles. “Ressaltamos que a renúncia não está relacionada ao mérito do caso em si, mas sim a questões contratuais específicas”, completou.
O policial penal Jorge Guaranho matou a tiros o guarda municipal Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR), em julho de 2022.
O crime ocorreu durante a festa de aniversário de Arruda, na frente de família e amigos. A comemoração tinha como tema o PT, uma vez que o guarda municipal era apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na última terça-feira (19/3), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, demitiu o policial penal. A pena de demissão do policial se deu no âmbito de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado para apurar a atuação do agente.
Ele era servidor da penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná. Guaranho foi demitido pelas seguintes infrações disciplinares:
- uso de recurso material da repartição em atividade particular;
- prática de ato de improbidade administrativa;
- e incontinência pública.
Segundo o ministério, Lewandowski considerou que a conduta violenta e ofensiva à vida é incompatível com a moralidade administrativa, além de afrontar gravemente os valores institucionais da atividade policial.