Defesa de padrasto de Henry rebate ex que alegou agressão contra filha
Documento dos advogados do vereador Jairinho, ao qual o Metrópoles teve acesso, foi entregue na delegacia que investiga morte do garoto
atualizado
Compartilhar notícia
Rio de Janeiro – Os advogados do vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade), padrasto do menino Henry Medeiros Borel, de 4 anos, rebateram as acusações de uma ex-namorada do parlamentar que o acusou de ter agredido a filha, à época com 4 anos.
Segundo ela, a menina teve a “cabeça afundada por ele em uma piscina”. O caso veio à tona após a morte de Henry, no último dia 8. A mãe do garoto, a professora Monique Medeiros, e o vereador alegam acidente doméstico, mas laudo de necrópsia aponta para morte violenta.
No documento enviado à 16ª DP (Barra da Tijuca), a defesa de Jairinho alegou que a denúncia da é namorada é fruto de mágoa e ódio.
“A própria depoente relatou o episódio no qual o requerente a “deixou no altar”, quando havia marcado um jantar para formalização de um noivado e Jairo simplesmente não apareceu”, escreveram os defensores. A Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) apura o caso, após a ex-namorada conversar com o pai de Henry, o engenheiro Leniel Borel, pelas redes sociais.
Os advogados pediram à policia ainda para ouvir a ex-mulher de Jairinho, Ana Carolina Ferreira Netto, que em 2014 registrou supostas agressões contra ela, no final de 2013. Ela é mãe de dois filhos do vereador.
A defesa também reuniu trechos de depoimento da empregada de Jairinho e Monique, no qual ela alega ter sido informada sobre a morte do menino pela mãe, por volta de 10h, mas como chegou às 7h30 no imóvel fez a limpeza do imóvel, inclusive do quarto onde o menino dormiu. Os defensores alegam que circuito interno de tv do prédio comprovaria o encontro de Monique e a funcionária no elevador, às 9h46.
Busca e apreensão
Nesta sexta-feira (26/3), a Polícia Civil cumpriu quatro mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. Cinco celulares e três computadores da mãe, do padrasto e do pai de Henry foram apreendidos. Por ordem do 2º Tribunal do Júri, o apartamento onde morava Henry, o padrasto e mãe foi interditado por 30 dias para novas perícias.
Henry morreu no último dia 8. Segundo equipe médica do Barra D’Or, para onde Jairinho e Monique o levaram, o garoto já chegou morto.