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Defesa de Mauro Cid aposta em tese de obediência hierárquica

Mauro Cid era ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro. Novo advogado do militar afirmou que ele só obedeceu orientações

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Tenente-coronel do Exército Brasileiro, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fica em silêncio durante sessão da CPMI do 8 de Janeiro PF
1 de 1 Tenente-coronel do Exército Brasileiro, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fica em silêncio durante sessão da CPMI do 8 de Janeiro PF - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O tenente-coronel Mauro Cid está preso desde maio deste ano por suposta fraude em cartões de vacina, mas também é investigado por venda de presentes oficiais. Recentemente, o militar trocou, mais uma vez, sua defesa e contratou o criminalista Cezar Bitencourt, que se considera especialista em delação premiada. A ideia, agora, é apostar na tese de obediência hierárquica.

A nova aposta de defesa se baseia no artigo 22 do Código Penal, que prevê punição somente para os mandantes do ato irregular. “Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência à ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem”, determina a lei.

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Kit de joias que teria sido vendido por Mauro Cid
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
Pai de Mauro Cid tentou vender esculturas, parte de presentes oficias enviados por sauditas
Mauro Cid é ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro
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Conversas encontradas pela PF no celular de Mauro Cid levaram a PF aos oficiais indiciados nesta quinta-feira

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Kit de joias que teria sido vendido por Mauro Cid

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Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

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Pai de Mauro Cid tentou vender esculturas, parte de presentes oficias enviados por sauditas

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Mauro Cid é ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro

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Com a adesão de Bitencourt à defesa, a ideia agora é tirar a responsabilidade de Cid dos casos em que ele é investigado, já que o artigo 22 do Código Penal prevê punição somente para quem deu a ordem, não para o executor. Além disso, o artigo 23 afirma que não há crime quando o fato é cometido em estado de necessidade, legítima defesa ou em cumprimento de dever legal.

Em entrevista, o advogado deixou claro que vai apostar na obediência hierárquica, mas evitou apontar, agora, qualquer outro suspeito. “Não sei se [o ex-presidente] Jair Bolsonaro tinha, por exemplo, um vice-presidente, um secretário, um ministro que dava essas ordens. Temos que verificar de quem vinham essas ordens que eram dadas a Mauro Cid”, afirmou. Cid era ajudante de ordens de Bolsonaro.

Advogado de Mauro Cid solicitou inquéritos ao STF

O advogado Bitencourt solicitou acesso aos inquéritos ao Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Alexandre de Moraes.

Mauro Cid está preso desde maio deste ano por adulterações no cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais recentemente é investigado pela Polícia Federal (PF) por possível participação no esquema de venda das joias entregues como presentes por delegações estrangeiras ao ex-presidente, do qual também era ajudante de ordens.

Em entrevista ao Globonews, Bitencourt adiantou que, apesar de ser um militar, Mauro Cid também era assessor – estando, portanto, sob ordens. “Na verdade, ele é um militar, mas ele é um assessor. Assessor cumpre ordens do chefe. Assessor militar com muito mais razão. O civil pode até se desviar, mas o militar tem por formação essa obediência hierárquica. Então, alguém mandou, alguém determinou. Ele é só o assessor. Assessor faz o quê? Assessora, cumpre ordens”, ressaltou, durante entrevista.

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