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Defesa de João de Deus recorrerá ao STJ para tentar prisão domiciliar

Defesa do médium, denunciado por centenas de mulheres por abuso sexual, tenta reverter negativa da Justiça de Goiás

atualizado

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Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles
João de Deus
1 de 1 João de Deus - Foto: Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles

A defesa do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, de 76 anos, preso há quatro dias, recorrerá nesta quarta-feira (19/12) no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar reverter a prisão preventiva em domiciliar com tornozeleira. O recurso ocorre após a Justiça de Goiás negar o habeas corpus impetrado pelos advogados.

“Apenas a liminar foi apreciada e negada. O julgamento final do habeas [corpus] deverá se dar após o recesso. Discordamos da decisão e vamos recorrer ao STJ”, afirmou o advogado Alberto Toron, em nota à imprensa.

Segundo a defesa de João de Deus, é preciso levar em conta a idade avançada e o estado de saúde do médium. Também deve ser considerado, de acordo com o advogado, o fato de o médium ter se apresentado espontaneamente à polícia e prestado esclarecimentos.

Pelo terceiro dia consecutivo, João de Deus passou a noite em uma cela de 16 metros quadrados com pia e vaso sanitário, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.

Denúncias
O pedido de prisão preventiva foi decretado com base em 15 denúncias já formalizadas em Goiânia, todas por crimes sexuais. Desde a semana passada, a força-tarefa do Ministério Público de Goiás recebeu 506 relatos de crimes sexuais atribuídos ao médium.

Para o promotor Luciano Miranda, que integra a força-tarefa responsável por investigar as acusações, o médium é suspeito da prática de pelo menos três crimes: estupro de vulnerável, estupro e violação sexual.

Na última terça-feira (18), policiais federais, que fazem parte da operação, cumpriram mandados de busca e apreensão na Casa Dom Inácio Loyola, onde João de Deus fazia os atendimentos espiritualistas. Eles revistaram as partes internas, administrativa e os locais de oração.

Os policiais deixaram o local com documentos. Eles também foram a uma residência, apontada como propriedade do médium, onde recolheram armas e dinheiro, segundo informações preliminares.

A TV Anhaguera, de Goiânia, teve acesso ao pedido da Justiça de prisão preventiva com base nas investigações policiais. O texto menciona que o médium “se aproveitava” de “mulheres fragilizadas” e que em alguns casos houve “penetração”.

Também cita João de Deus com um “comportamento padronizado” nas agressões sexuais e que ele criava uma “atmosfera intimidatória” para abusar das vítimas.

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