metropoles.com

Defesa de Jairinho diz que Henry estava vivo ao chegar ao hospital

A informação contraria relatos de médicos que estavam de plantão no dia 8 de março de 2021 e resultados de perícia

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução de vídeo
Jairinho e Monique com Henry no elevador (1)
1 de 1 Jairinho e Monique com Henry no elevador (1) - Foto: Reprodução de vídeo

Rio de Janeiro – A defesa de Jairinho, afirmou, nesta quarta feira (1º/6), no II Tribunal do Júri, que Henry Borel chegou vivo ao Hospital Barra D’Or, contrariando relatos de médicos que estavam de plantão no dia 8 de março de 2021 e resultados de perícia.

“Hoje tivemos o que esperávamos desde nosso ingresso na investigação defensiva. Tivemos uma reviravolta no caso Henry. O Barra D’Or aponta Gasglow 3 [estágio de coma], que é vida, uma convenção internacional”, apontou a advogada Flávia Froes, que defende o ex-vereador, réu pela morte da criança.

Na oitiva do médico legista que assina o laudo de necropsia do menino, Leonardo Huber Tauil, a defesa de Jairo, solicitante do depoimento, enumerou as lesões do menino durante o processo de reanimação como forma de amenizar possíveis agressões que a criança tenha sofrido.

6 imagens
Blusa pede justiça para Henry Borel
Advogado de defesa e acusação discutem durante a audiência de instrução e julgamento do Caso Henry Borel
Advogados de defesa de Jairinho chegam a audiência de instrução e julgamento do Caso Henry Borel - São ouvidos, nesta quarta (1º/6), o perito legista Leonardo Hunter e o perito assistente Sami El Jundi, contratado pela defesa de Jairo.
Jairinho participou por videoconferência de audiência de instrução e julgamento do Caso Henry Borel
1 de 6

Leniel Borel de Almeida, pai de Henry, compareceu à audiência de instrução e julgamento do Caso Henry Borel

Aline Massuca/Metrópoles
2 de 6

Blusa pede justiça para Henry Borel

Aline Massuca/Metrópoles
3 de 6

Advogado de defesa e acusação discutem durante a audiência de instrução e julgamento do Caso Henry Borel

Aline Massuca/Metrópoles
4 de 6

Aline Massuca/Metrópoles
5 de 6

Advogados de defesa de Jairinho chegam a audiência de instrução e julgamento do Caso Henry Borel - São ouvidos, nesta quarta (1º/6), o perito legista Leonardo Hunter e o perito assistente Sami El Jundi, contratado pela defesa de Jairo.

Aline Massuca/Metrópoles
6 de 6

Jairinho participou por videoconferência de audiência de instrução e julgamento do Caso Henry Borel

Aline Massuca/Metrópoles

O perito, então, explicou: “As lesões caudadas por reanimação que eu identifiquei foram mais as da face. A principal hipótese para as lesões são as ações contundentes, compatíveis com múltiplas agressões”, analisou Tauil.

Defesa

Antes mesmo da audiência começar, a defesa do ex-parlamentar afirmou: “Varreu-se tudo pra debaixo do tapete e, se o tribunal não determinasse que esse perito fosse ouvido, tudo estaria varrido pra debaixo do tapete”, alegou o advogado Claudio Dalledone.

“Só deixar claro que a polícia nunca, em hipótese alguma, nesses quarenta dias de exames complementares, trabalhou com a hipótese do acidente. Muito pelo contrário, se colocou sim ao lado do delegado rechaçando a hipótese do acidente”, completou.

A Audiência de Instrução e Julgamento – que contou também com a presença do assistente técnico Sami El Jundi, contratado pelos advogados do ex-vereador Jairinho – foi marcada por intensa discussão.

Para o pai do menino, Leniel Borel, a defesa de Jairo “se uniu para falar de lesões totalmente independentes”.

“Claro que um galo por si só é muito diferente do que uma dilaceração hepática e o Henry foi muito agredido naquela noite. O perito foi a primeira pessoa que viu lá [o menino] no IML. Espero que ele possa esclarecer essa verdade que todos nós sabemos, que está bastante fundamentada no caso”, disse.

Laceração hepática

Primeiro a ser inquirido na audiência, o perito Leonardo Huber Tauil reafirmou que a causa da morte de Henry foi uma laceração hepática, provocada por ação contundente. Segundo ele, o menino apresentava hemorragia interna e volume de sangue na região abdominal, que preenchia toda a cavidade.

“O traumatismo abdominal, que gerou a hemorragia na cavidade, foi causado por alta energia e é incompatível com uma queda da cama”, disse.

Jairo e Monique Medeiros, mãe de Henry, respondem por homicídio triplamente qualificado pela morte da criança, aos 4 anos. De acordo com o laudo de necropsia, o menino sofreu hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente.

15 imagens
Em 8 de março do ano passado, Henry Borel, filho de Monique, foi levado ao hospital na Barra da Tijuca (RJ) com diversas lesões graves pelo corpo. Na época, o então casal disse à polícia que ele tinha sofrido um acidente doméstico
O acidente, no entanto, foi descartado como causa da morte após perícia do Instituto Médico Legal (IML) constatar que o menino teve hemorragia interna e uma laceração no fígado causada por uma ação contundente
O laudo de reprodução simulada, produzido pela perícia da Polícia Civil, aponta que Henry sofreu 23 lesões externas provocadas por ações violentas no dia da morte
Monique afirmou à polícia acreditar que o filho tinha caído da cama. No relato, ela disse ter acordado por volta de 3h30 e, ao dirigir-se ao quarto, encontrou o filho desmaiado na cama. Jairinho alegou ter visto a queda do menino
A versão foi descartada e o caso passou a ser investigado como tortura. Segundo a polícia, Jairinho dava chutes e golpes na cabeça do menino e Monique sabia das agressões desde fevereiro
1 de 15

Arquivo Pessoal
2 de 15

Em 8 de março do ano passado, Henry Borel, filho de Monique, foi levado ao hospital na Barra da Tijuca (RJ) com diversas lesões graves pelo corpo. Na época, o então casal disse à polícia que ele tinha sofrido um acidente doméstico

Reprodução
3 de 15

O acidente, no entanto, foi descartado como causa da morte após perícia do Instituto Médico Legal (IML) constatar que o menino teve hemorragia interna e uma laceração no fígado causada por uma ação contundente

Arquivo Pessoal
4 de 15

O laudo de reprodução simulada, produzido pela perícia da Polícia Civil, aponta que Henry sofreu 23 lesões externas provocadas por ações violentas no dia da morte

Arquivo Pessoal
5 de 15

Monique afirmou à polícia acreditar que o filho tinha caído da cama. No relato, ela disse ter acordado por volta de 3h30 e, ao dirigir-se ao quarto, encontrou o filho desmaiado na cama. Jairinho alegou ter visto a queda do menino

Arquivo Pessoal
6 de 15

A versão foi descartada e o caso passou a ser investigado como tortura. Segundo a polícia, Jairinho dava chutes e golpes na cabeça do menino e Monique sabia das agressões desde fevereiro

Arquivo Pessoal
7 de 15

Semanas antes do crime ocorrer, a babá que cuidava de Henry alertou Monique, por mensagem, sobre um episódio em que Jairinho se trancou no quarto do casal com o menino, que depois deixou cômodo alegando dores e mancando

Arquivo Pessoal
8 de 15

Um mês após a morte de Henry, Monique Medeiros e o padrasto foram presos no Rio de Janeiro por atrapalharem as investigações. Segundo a polícia, eles estariam ameaçando testemunhas para combinar versões

Divulgação
9 de 15

A polícia também afirma que eles teriam apagado mensagens de WhatsApp em uma tentativa de obstruir as investigações. Os aparelhos, no entanto, foram desbloqueados e mensagens de texto e imagens, recuperadas.

Arquivo Pessoal
10 de 15

Depois do caso vir à tona, uma ex-namorada de Jairinho contou à polícia que durante o relacionamento com o vereador, ele agrediu a filha dela, que na época tinha 4 anos

Agência Brasil
11 de 15

Em carta escrita na cadeia, a mãe de Henry afirmou ter sido manipulada, ameaçada e agredida por Jairinho durante o relacionamento. Segundo ela, o ex-namorado a medicava com ansiolíticos e chegou a flagrá-lo colocando remédio em sua bebida

Arquivo Pessoal
12 de 15

Jairinho e Monique são acusados pela morte do menino

Divulgação
13 de 15

Em depoimento de oito horas, Monique fez novas revelações, como a postura agressiva e controladora de Jairinho no relacionamento e a dificuldade de Henry para lidar com o divórcio dela e de Leniel Borel, pai da criança

Aline Massuca/Metrópoles
14 de 15

Ao depor, a mãe do menino afirmou ter sido treinada pelo ex-advogado de Dr. Jairinho, André França Barreto, para mentir à polícia sobre a morte do filho

Aline Massuca/Metrópoles
15 de 15

Após a audiência de instrução, o caso aguarda para ser julgado pela Justiça. Jairinho e Monique são réus por tortura, homicídio triplamente qualificado, além de fraude processual, coação no curso do processo e falsidade ideológica

Aline Massuca/Metrópoles

O ex-vereador segue preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, enquanto a mãe de Henry teve a prisão preventiva substituída por monitoramento por tornozeleira eletrônica em abril deste ano.

Jairo terá uma sessão de reinterrogatório no dia 13 de junho, já que em 9 de fevereiro se recusou a responder questionamentos do Ministério Público e da defesa de Monique.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?