metropoles.com

Defesa de Flordelis quer levar júri à casa de pastor e ouvir deputados

Advogados arrolaram ainda como testemunhas da ex-parlamentar um desembargador entre as 28 pessoas para serem convocadas

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
flordelis-e-anderson-do-carmo
1 de 1 flordelis-e-anderson-do-carmo - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – A defesa da deputada federal cassada Flordelis dos Santos de Souza encaminhou à juíza da 3ª Vara Criminal de Niterói, Nearis Arce, uma lista com 229 pedidos. O documento, ao qual o Metrópoles teve acesso com exclusividade, solicita logística para levar os sete jurados à casa onde o pastor Anderson do Carmo foi morto em 2019. Ele morava na região metropolitana do Rio com a ex-parlamentar e filhos.

A defesa da pastora, comandada pelos advogados Rodrigo Faucz e Janira Rocha, arrolou ainda como testemunhas, o desembargador Siro Darlan, do Tribunal de Justiça do Rio, e três deputados federais. São eles: Hugo Leal e Cezinha ambos do PSD, partido que expulsou Flordelis, além de Abílio Santana (PL-BA).

As autoridades estão entre as 28 pessoas que a defesa convoca para prestar depoimento. “Os jurados têm contato com processo no dia do julgamento e esse tem quase 35 mil páginas. Queremos dar o máximo de informações aos julgadores”, afirma Janira Rocha. De acordo com a defesa de Flordelis, a possibilidade de requerimento de deslocamento está prevista no ordenamento jurídico.

6 imagens
Flordelis foi cassada na Câmara dos Deputados em 11/8
Flordelis foi presa em casa, em Niterói (RJ), em agosto de 2021
Flordelis teve o mandato cassado no início de agosto
Deputada Flordelis no Conselho de Ética da Câmara
A ex-congressista deve ir a júri popular, no Rio de Janeiro
1 de 6

Imagem da ex-deputada ao ser fichada na prisão

Reprodução
2 de 6

Flordelis foi cassada na Câmara dos Deputados em 11/8

Reprodução
3 de 6

Flordelis foi presa em casa, em Niterói (RJ), em agosto de 2021

Reprodução
4 de 6

Flordelis teve o mandato cassado no início de agosto

Agência Brasil
5 de 6

Deputada Flordelis no Conselho de Ética da Câmara

Igo Estrela/Metrópoles
6 de 6

A ex-congressista deve ir a júri popular, no Rio de Janeiro

Igor Estrela/Metrópoles

Dos 229 pedidos, 213 são sobre laudos de perícias de equipamentos, como telefones, computadores, HDs e pen-drive. A defesa alega que não teve acesso à boa parte do material, inclusive escutas telefônicas, e aponta irregularidades na manipulação dos objetos apreendidos.

“As pessoas não podem ser condenadas sem provas. A apreensão de material tem que respeitar uma cadeia de custódia, como o uso de lacre dos objetos, identificação de quem manipulou. A nossa estratégia é ter todas as informações sobre as provas e mostrar as irregularidades. Sem contraditório, a prova não é válida”, justifica Janira.

Sem dar detalhes, a defesa ainda requisitou uma psicóloga da Justiça para entrevistar e avaliar a ocorrência de abusos emocionais e sexuais contra uma menor.

Os advogados também pediram a quebra do sigilo bancário de Flordelis, de Anderson do Carmo, da empresa Igreja Ministério de Flordelis e Wagner Andrade Pimenta, o Misael, um dos quatro filhos que rompeu o silêncio sobre a morte do pastor e acusou a ex-deputada.

Rodrigo Faucz e Janira Rocha também defendem Marzy Teixeira e Rayane dos Santos, filha adotiva e neta respectivamente da líder religiosa, rés no processo. Os dois demandaram da Justiça que as acusadas sejam mantidas próximas aos seus defensores “excluída a possibilidade de utilização do famigerado e inconstitucional banco dos réus”.

Também pleiteiam que “seja colocada a defesa em igualdade de condições com a acusação, preferencialmente, do lado esquerdo do Juízo, na mesma distância e no mesmo patamar do Ministério Público“.

Crime

O pastor Anderson do Carmo, de 42 anos, foi morto a tiros quando chegava em casa com a esposa na madrugada de 16 de junho de 2019. Casada há mais de 20 anos com o pastor, Flordelis é acusada de ser a mandante do crime. Na ocasião, a líder religiosa disse que o marido havia morrido tentando defender a família de criminosos.

Em novembro do ano passado, os acusados de executar o plano de morte do pastor, Flávio dos Santos Rodrigues, filho biológico de Flordelis, e Lucas Cezar dos Santos Souza, adotivo, foram condenados pela Justiça. A pastora nega envolvimento no crime.

A Justiça decidiu que a ex-parlamentar e mais nove réus vão a júri popular. A data do julgamento ainda não foi marcada.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?