Defesa de Dr. Jairinho diz: “Relação afetiva com Henry era saudável”
Advogado do vereador afirma que seu processo de cassação é “açodado” e “instrumento de resposta ao clamor social”
atualizado
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Rio de Janeiro – O advogado Berilo Martins da Silva Neto, defensor do médico e vereador Jairo de Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), ao apresentar a defesa no processo de cassação na Câmara de Vereadores, alegou “que era saudável a relação afetiva entre Dr. Jairinho e Henry”. Padrasto do menino Henry Borel, de 4 anos, morto no dia 8 de março, Jairinho está preso preventivamente, assim como a mãe do garoto, Monique Medeiros. Eles foram denunciados pelos crimes de tortura e homicídio qualificado com emprego de tortura.
Jairinho é o primeiro vereador da história do Rio a responder a um processo de cassação no Palácio Pedro Ernesto, sede do Parlamento. Mas para o advogado de defesa, o procedimento é “açodado” e “instrumento de resposta ao clamor social”.
Neto pediu ainda prazo de cinco dias para juntar mais documentos referentes ao caso. O advogado lembrou ainda que Jairinho recebeu 16.061 votos.
“Vamos analisar criteriosamente a defesa de Jairinho, para decidir se é necessário convocar testemunhas. Ainda que o vereador renunciasse ao mandato, não paralisaria o processo de cassação”, explicou Luiz Ramos Filho (PMN), relator do processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
Caso Henry
O menino Henry Borel Medeiros morreu no dia 8 de março, ao dar entrada em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Segundo Leniel Borel de Almeida Júnior, ele e o filho passaram o fim de semana juntos, normalmente.
Monique e Jairinho negaram qualquer violência. Mas a babá Thayna de Oliveira Ferreira revelou que Monique sabia das agressões desde 12 de fevereiro. Já na cadeia, em carta, Monique alegou que também era ameaçada por Jairinho.
O casal está preso por 30 dias, desde 8 de abril, por ordem da Justiça. Para o pai de Henry, Jairinho é um assassino.