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Defesa de Bolsonaro: R$ 17,2 mi via Pix “têm origem absolutamente lícita”

Os advogados do ex-presidente consideram a divulgação de relatório do Coaf “criminosa” e dizem que vão tomar “providências criminais”

atualizado

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Cid Bolsonaro Imagem colorida mostra o ex-presidente Jair Bolsonaro - Metrópoles
1 de 1 Cid Bolsonaro Imagem colorida mostra o ex-presidente Jair Bolsonaro - Metrópoles - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

Os advogados de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmaram que os R$ 17,2 milhões recebidos pelo ex-presidente, em 2023, são provenientes de “milhares de doações efetuadas via Pix por seus apoiadores, de origem absolutamente lícita”.

Por meio de nota, os defensores disseram ainda considerar que o vazamento das informações bancárias de Bolsonaro em relatório do Conselho e Controle de Atividades (Coaf) são “criminosas”.

“A ampla publicização nos veículos de imprensa de tais informações consiste em insólita, inaceitável e criminosa violação de sigilo bancário, espécie, da qual é gênero, o direito à intimidade, protegido pela Constituição Federal no capítulo das garantias individuais do cidadão. Para que não se levantem suspeitas levianas e infundadas sobre a origem dos valores divulgados, a defesa informa que estes são provenientes de milhares de doações efetuadas via Pix por seus apoiadores, tendo, portanto, origem absolutamente lícita”, disseram os advogados de Bolsonaro em nota.

O comunicado é assinado por Paulo Amador Bueno, Fábio Wajngarten e Daniel Tesser. “A defesa informa, ainda, que nos próximos dias tomará as providências criminais cabíveis para apuração da autoria da divulgação de tais informações”, disseram.

Coaf

O relatório do Coaf aponta que Bolsonaro recebeu R$ 17,2 milhões via transação por Pix entre 1º de janeiro e 4 de julho. Em junho deste ano, bolsonaristas se juntaram em uma campanha para arrecadar dinheiro com o objetivo de ajudar Bolsonaro a quitar uma dívida ativa com o estado de São Paulo no valor de R$ 1.062.416,65 pelo não uso de máscara durante a pandemia da Covid-19.

Segundo o Coaf, só entre 1º de janeiro e 4 de julho, o ex-presidente da República recebeu mais de 769 mil transações via Pix, que totalizaram R$ 17.196.005,80. Durante o mesmo período, Bolsonaro movimentou um total de R$ 18.498.532.

“Esses lançamentos, provavelmente, possuem relação com a notícia divulgada na mídia: apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro iniciaram uma campanha de arrecadação via Pix que parece ter surtido efeito”, diz trecho do relatório.

O Coaf detalha que o PL foi o responsável pela maior doação, no valor de R$ 47,8 mil feitos em dois lançamentos. Outros 18 nomes depositaram entre R$ 5 mil e 20 mil na conta do ex-presidente.

São empresários, advogados, pecuaristas, militares, agricultores, estudantes e duas pessoas identificadas pelo Coaf como “do lar”. Há ainda três empresas. Só uma delas depositou R$ 9.647 na conta do ex-presidente em 62 lançamentos.

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