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Defesa aumentará atuação em terras Yanomamis para combater garimpo

José Múcio Monteiro vai a Roraima com os comandantes das Forças Armadas para terras Yanomamis em meio à crise humanitária local

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1 de 1 Imagem colorida de José Múcio Monteiro, ministro da Defesa - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou, nesta terça-feira (31/1), que vai a Roraima a fim de auxiliar a força-tarefa criada para lidar com a crise sanitária, humanitária e de segurança dos Yanomamis da região. Ele irá acompanhado dos comandantes das Forças Armadas, o general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva (Exército); do almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen (Marinha); e do tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno (Aeronáutica).

“Tem de ter um esforço concentrado de todas as instituições para que possamos sanar o problema. É uma tristeza. Antes de procurarmos [os responsáveis], precisamos salvar aquela população”, disse o ministro à BandNews TV. “[A crise] tem uma origem, e nós sabemos. A presença do garimpo ilegal é forte e será debelada. O decreto de ontem permite que as Forças Armadas tenham um efetivo mais abrangente [na região]”, declarou.

Atuação das Forças

A atribuição do Exército será identificar os criminosos. A Marinha prestará apoio com barcos e fará a vigilância nos rios. A Aeronáutica enviará doações e monitorará o espaço aéreo.

“Qualquer voo suspeito será obrigado a desviar a rota e pousar para ser identificado”, adiantou Múcio.

Apesar da sinalização de empenho da pasta na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro não descartou possíveis conflitos na região contra os invasores das terras Yanomamis. “Evidentemente que nós vamos prontos para enfrentá-los. Tomara que seja de uma forma não tão drástica [de guerra], mas, se for necessário, sim”, ressaltou. “Precisamos cortar aquele mal pela raiz”, reiterou.

O possível enfrentamento com os garimpeiros se dá pela estrutura montada pelo grupo criminoso, com pistas de pouso clandestinas, helicópteros, aviões e armamentos pesados. “Eles [garimpeiros ilegais] têm helicópteros, aviões, armamentos pesados. Nós vamos precisar enfrentar esse problema, é a única forma de resolver. Os índios, verdadeiramente, foram vítimas deles”, disse Múcio à emissora.

Decreto presidencial

As futuras ações da Defesa terão respaldo presidencial, devido a um decreto de “tolerância zero” contra o garimpo ilegal, em ato assinado por Lula na segunda-feira (31/1) ao lado do chanceler alemão Olaf Scholz.

O governo sinaliza para o exterior a mudança de postura em relação à Amazônia, a fim de ratificar o acordo Mercosul e União Europeia. Para tanto, o decreto aumenta os poderes do Ministério da Defesa na Região Amazônica, com o fim do tráfego de aeronaves não autorizadas, por exemplo.

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