Defensorias questionam bloco de Carnaval na Bahia após caso de assédio
Em vídeo, é possível ver mulher sendo cercada em bloco por “muquiranas” que atiram água e a empurram. Abuso só parou com chegada da polícia
atualizado
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A Defensoria Pública da União (DPU) e a Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE/BA) repudiaram o caso de assédio praticado no bloco “As Muquiranas”, contra uma foliã no carnaval de Salvador, na Bahia. Por meio de ofício, enviado nesta sexta-feira (24/2), as Defensorias pediram posicionamento e esclarecimento do caso aos organizadores do bloco.
A agressão aconteceu na última terça-feira (21/2). No vídeo que registra o momento, é possível ver uma mulher sendo empurrada diversas vezes e atingida por armas plásticas de água por vários homens que a cercam. Os abusos só pararam após a intervenção de guardas municipais.
Mulher é cercada por “Muquiranas” com armas de água e Guarda Civil intervém
O bloco “Muquiranas”, do Carnaval de Salvador (BA), é conhecido pela tradição de foliões jogarem água em que está por perto.
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— Metrópoles (@Metropoles) February 22, 2023
Por meio de ofício, as defensorias questionaram a tradição dos integrantes do bloco, de jogarem água em quem está por perto. “Qual o posicionamento do bloco sobre o uso das armas plásticas de água pelos associados? Há algum tipo de proibição de ingresso no bloco com esse tipo de artefato?”, indagaram as defensorias.
Além disso, também a DPU e DPE também questionaram o bloco sobre ações dos organizadores contra casos de assédio e a “avaliação que o bloco faz em relação ao controle e identificação dos seus integrantes”.
Após a repercussão do vídeo, organizadores do “Muquiranas” afirmaram que não podem controlar o comportamento das pessoas que cometem assédios, depredam patrimônio público ou cometem quaisquer outros crimes. As instituições deram um prazo de 10 dias para resposta e, a partir dela, avaliarão as medidas a serem adotadas.