Decisão sobre exploração na foz do Amazonas não é fácil, diz Ibama
Petrobras apresentou um novo pedido para exploração de petróleo e gás natural na foz do Amazonas após Ibama negar primeira solicitação
atualizado
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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) analisa um segundo pedido de licença ambiental apresentado pela Petrobras para exploração na foz do Amazonas. Ao Metrópoles Entrevista, o presidente da autarquia, Rodrigo Agostinho, afirmou que a análise técnica não é fácil e que todos os riscos ambientais precisam ser observados.
A Petrobras adquiriu o bloco FZA-M-59, local onde deseja perfurar para exploração de petróleo, durante a 11ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em maio de 2013. Desde então, a empresa estuda a possibilidade de exploração de combustíveis fósseis na região, localizada a 175 km da costa do Amapá.
“Se fosse uma licença fácil o governo passado [de Jair Bolsonaro (PL)] teria dado essa licença. O Ibama está analisando 100 pedidos de licença da Petrobras. Nós já emitimos esse ano 25 licenças para a Petrobras”, destacou o presidente do Ibama.
Segundo Rodrigo Agostinho, a região de interesse da Petrobras é considerada sensível devido à existência de corais e animais marinhos, como peixe-boi, boto-cor-de-rosa e baleias.
“Então o Ibama está sendo bastante cauteloso, está pedindo uma série de garantias”, ressaltou Rodrigo Agostinho.
Confira:
A Petrobras apresentou um novo pedido com as autorizações solicitadas pelo Ibama. No entanto, a autarquia destaca a necessidade da apresentação da Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) para autorizar a exploração na foz do Amazonas.
Entre as alterações apresentadas está a construção de um Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna (CRD) no Oiapoque, no extremo norte do Amapá, para atender os animais vítimas de possíveis acidentes em decorrência da exploração de petróleo na região.
Veja a entrevista na íntegra: