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De quem é a responsabilidade de retirar acampamentos da frente de QGs?

Após atos de vandalismo no DF, parlamentares pediram fim de acampamento de bolsonaristas. Local tem regras próprias por ser área militar

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1 de 1 foto colorida de bolsonaristas com bandeira do Brasil e camisa da Seleção em acampamento no qg do exército - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Em acampamentos há mais de 40 dias na frente de instalações do Exército, manifestantes insatisfeitos com o resultado das eleições voltaram aos holofotes nesta semana após os atos de vandalismo em Brasília, na segunda-feira (12/12). O episódio causou preocupação devido à posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), prevista para  acontecer daqui a 20 dias e receber entre 100 mil e 150 mil pessoas.

Aliados do petista defendem a retirada imediata do acampamento montado em frente ao quartel-general do Exército na capital federal. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, parte dos manifestantes envolvidos nos atos de vandalismo vieram da instalação.

No entanto, por se tratar de uma área militar, a responsabilidade sobre a retirada é da Polícia do Exército, unidade de segurança do Exército Brasileiro. Dessa forma, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e os órgãos de segurança dos estados e do DF só podem atuar caso haja uma solicitação dos militares.

O Metrópoles questionou ao Exército se há a expectativa de desfazer o acampamento. Em resposta, os militares informaram que o Comando Militar do Planalto (CMP) acompanha o movimento de pessoas e as atividades realizadas na região, “sempre tem buscado zelar pela segurança do local e dos cidadãos”.

Bastidores dão conta de que Lula pedirá aos novos comandantes das Forças Armadas o encerramento das manifestações próximas às unidades militares como um dos primeiros atos do próximo governo. As informações foram publicadas pelo Estadão e Folha de S.Paulo.

Em reunião com a cúpula do Avante na última quinta-feira (8/12), o presidente eleito confirmou a indicação de José Múcio Monteiro para o Ministério da Defesa e afirmou que conversaria com os futuros comandantes sobre o encerramento dos atos nos quartéis. Segundo Lula, as manifestações seriam um “desrespeito” às Forças Armadas.

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