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Datafolha: para 76%, Bolsonaro deve sofrer impeachment se não obedecer à Justiça

Pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 15 de setembro, em 190 cidades. Foram ouvidas 3.3667 pessoas com 16 anos de idade ou mais

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Cerimônia do Prêmio Marechal Rondon de Comunicações conta com a presença do presidente bolsonaro, lira e pacheco 7
1 de 1 Cerimônia do Prêmio Marechal Rondon de Comunicações conta com a presença do presidente bolsonaro, lira e pacheco 7 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Dados da pesquisa Datafolha, divulgados neste sábado (18/9), mostram que, para 76% dos brasileiros ouvidos no estudo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve sofrer impeachment caso não cumpra ordens da Justiça.

Os números foram publicados pelo jornal Folha de S. Paulo. De acordo com o Instituto Datafolha, a pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 15 de setembro, em 190 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

No dia 7 de setembro, durante as manifestações pró-governo, Jair Bolsonaro afirmou que não cumpriria quaisquer ordens judiciais expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A desobediência às determinações da Suprema Corte constitui crime de responsabilidade. A maior parte dos entrevistados acredita que o presidente deve sofrer impeachment caso não siga as ordens da Justiça.

Entre os brasileiros ouvidos, 21% acreditam que Bolsonaro não deve ser punido caso desobedeça o STF. Outros 3% não souberam opinar.

Para realizar a pesquisa, o Datafolha ouviu 3.3667 pessoas com 16 anos de idade ou mais. O estudo também mostrou a porcentagem de pessoas que acreditam que Bolsonaro deve sofrer impeachment de acordo com grupo sociais.

Dados mostram que os mais ricos e os apoiadores do presidente estão entre os que são mais tolerantes com o desrespeito à Suprema Corte.

Por outro lado, jovens, pessoas mais pobres e da comunidade LGBT+ estão entre os que mais desaprovam a desobediência do presidente ao STF.

Bolsonaro deve sofrer processo de impeachment

  • Entre homossexuais/bissexuais: 93%
  • Entre estudantes: 91%
  • Entre evangélicos: 69%
  • Entre empresários 57%

Bolsonaro não deve sofrer processo de impeachment

  • Entre quem aprova o governo Bolsonaro: 59%
  • Entre brancos: 24%
  • Entre quem ganha até dois salários mínimos: 14%
  • Entre quem tem de 16 a 24 anos: 11%
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Presidente Jair Bolsonaro no discurso aos apoiadores na Avenida Paulista, em SP
Presidente Jair Bolsonaro no discurso aos apoiadores na Avenida Paulista, em SP
Ato 7 de Setembro com Jair Bolsonaro na Avenida Paulista em SP
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Presidente Jair Bolsonaro no discurso aos apoiadores na Avenida Paulista, em SP em 2021

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Presidente Jair Bolsonaro no discurso aos apoiadores na Avenida Paulista, em SP

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Presidente Jair Bolsonaro no discurso aos apoiadores na Avenida Paulista, em SP

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Ato 7 de Setembro com Jair Bolsonaro na Avenida Paulista em SP

Fábio Vieira/Metrópoles
Ameaças

O presidente Jair Bolsonaro fez uma série de ameaças ao STF no segundo discurso no feriado de 7 de Setembro, na Avenida Paulista, em São Paulo.

Em sua fala, o mandatário da República fez referências diretas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. “Temos um ministro dentro do Supremo que ousa continuar fazendo aquilo que nós não admitimos.”

O chefe do Executivo federal afirmou ainda: “Um ministro que deveria zelar pela nossa liberdade, pela democracia, pela Constituição, faz exatamente o contrário. Ou esse ministro se enquadra ou ele pede pra sair”.

Em outro trecho, repetiu: “Não vamos mais admitir pessoas, como Alexandre de Moraes, que desrespeitam nossa Constituição”.

Bolsonaro também atacou aqueles que mencionam a possibilidade de impeachment ou apontam supostos crimes cometidos por sua administração. “E dizer àqueles que querem me tornar inelegível: só Deus me tira de lá”, disse. E avisou: “Quero dizer aos canalhas que eu nunca serei preso”

Alexandre de Moraes conduz apurações da Polícia Federal sobre eventual interferência de Bolsonaro em nomeações da corporação a fim de “promover seus interesses pessoais”.

Além disso, o magistrado investiga a disseminação de informações falsas sobre o sistema eleitoral por parte de Bolsonaro. Em diversas ocasiões, o presidente afirmou que as eleições de 2018, ano em que foi eleito, foram fraudadas. No entanto, nunca apresentou provas.

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