Datafolha: maioria vê pandemia controlada e defende uso de máscaras
A percepção de que a pandemia está totalmente controlada é maior entre apoiadores do governo Bolsonaro
atualizado
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Com o avanço da vacinação contra a Covid-19 no país, a percepção de que a pandemia está controlada – total ou parcialmente – atingiu o índice mais alto desde o início da crise sanitária. Mesmo assim, a maioria da população brasileira ainda defende o uso obrigatório de máscaras de proteção, segundo indica pesquisa do Datafolha, divulgada nesta sexta-feira (24/9).
Segundo o levantamento, para 80% das pessoas ouvidas, a pandemia já está controlada em parte (71%) ou totalmente (9%). Os outros 20% avaliam que ela ainda segue fora do controle, enquanto 1% afirma não saber.
Ainda de acordo com o Datafolha, o índice de brasileiros que têm a percepção de que a pandemia está controlada é mais alto entre pessoas de 60 anos ou mais, entre as que têm renda mensal acima de 10 salários mínimos (18%) e entre os apoiadores do governo Bolsonaro (20%).
Apesar das recentes declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre tirar a obrigatoriedade do uso da máscara de proteção, a pesquisa revela que 91% dos entrevistados defendem o uso do acessório até que a situação esteja controlada.
Em relação à sensação de segurança com a vacina contra a Covid-19, 15% dos que aprovam a gestão Bolsonaro não se sentem protegidos, assim como 8% dos que reprovam.
Do número total de entrevistados, 42% se sentem muito protegidos, 48% acham que estão pouco protegidos e 10% sentem-se nada protegidos.
No âmbito religioso, o índice dos que não se sentem protegidos é maior entre os evangélicos (14%) em relação aos 7% da religião católica.
Imunizantes
Atualmente, o Brasil aplica quatro imunizantes contra a Covid-19. Em duas doses conta com os imunizantes AstraZeneca, Coronavac e Pfizer, e o de dose única da Janssen.
Para a pesquisa, entre os dias 13 e 15 de setembro foram feitas 3.667 entrevistas presenciais, com pessoas de 16 anos ou mais, em 190 municípios de todo o país. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.