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Datafolha: atuação do Congresso é reprovada por 38%

Apenas 14% avaliam o desempenho do Legislativo como “bom” ou “ótimo”. Outros 43% classificam como “regular”

atualizado

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JP Rodrigues/Metrópoles
Lago com Congresso ao fundo
1 de 1 Lago com Congresso ao fundo - Foto: JP Rodrigues/Metrópoles

Pesquisa do Datafolha, divulgada nesta segunda-feira (12/7), mostra que 38% dos brasileiros avaliam o desempenho do Congresso Nacional como “ruim” ou “péssimo”.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, só 14% dos entrevistados consideram o trabalho do Legislativo como “bom” ou “ótimo”, enquanto 43% classificam como “regular” e 5% não souberam responder.

O levantamento ouviu 2.074 pessoas em 7 e 8 de julho em 146 municípios brasileiros, de maneira presencial. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

A mesma pergunta foi feita em agosto do ano passado e os números se mantiveram estáveis neste ano. Em 2020, apenas 17% avaliaram o trabalho do Congresso como “bom” ou “ótimo”, 37% consideraram o desempenho como “ruim” ou “péssimo” e 43% classificaram como “regular”.

O Judiciário e o Congresso são alvos de críticas frequentes dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que chegou a participar de atos em que os manifestantes pediam o fechamento do STF e do Legislativo.

Era esperado que, com a eleição de Arthur Lira (PP-AL) para o comando da Câmara em fevereiro deste ano, os conflitos entre o governo e o Legislativo diminuíssem, comparados à época em que Rodrigo Maia (sem partido-RJ) estava à frente da Casa.

Apesar de afirmar que não pretende levar os pedidos de impeachment do presidente adiante, Lira fez diversas críticas à gestão de Bolsonaro em março deste ano.

O presidente da Câmara é quem decide sobre dar início ou não aos pedidos de afastamento contra o presidente da República. Arthur Lira, entretanto, segue próximo do governo e com influência na máquina.

No Senado, as tensões entre os congressistas e bolsonaristas cresceram devido à CPI da Covid-19. Muitos embates ocorreram durante as sessões do colegiado e o presidente e seus aliados direcionam críticas constantes ao grupo que comanda a CPI.

Na sexta-feira (9/7), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), rebateu o comportamento de Bolsonaro em declarações, especialmente sobre ameaças às eleições de 2022. Esse posicionamento conturbou ainda mais a relação entre o presidente e parlamentares.

Pacheco não chegou a mencionar o nome de Jair Bolsonaro, mas declarou que aquele que pretende impor retrocessos ao estado democrático será nomeado pela história como “inimigo da nação”. O senador também assumiu a presidência do Senado com apoio do governo atual.

Outra pesquisa feita pelo Datafolha e divulgada em dezembro de 2019 apontava que 45% considerava o trabalho do Congresso ruim ou péssimo. Em 2o2o, o número caiu para 32%, antes de crescer novamente.

O Legislativo recebeu uma rejeição maior que o Supremo Tribunal Federal (STF) na pesquisa, mas a boa avaliação da Câmara e do Senado sobe quando considerados somente os entrevistados que confiam no presidente: 25% avaliou o trabalho como bom ou ótimo.

A aprovação também é maior quando considerados entrevistados com 60 anos ou mais (18%), desempregados que procuram emprego (20%) ou moradores do Centro-Oeste e do Norte do Brasil (18%).

A reprovação, entretanto, é elevada entre aqueles que pretendem votar branco ou nulo nas eleições de 2022 (51%), têm renda familiar acima de dez salários mínimos (62%) ou têm entre 45 e 59 anos (42%).

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