Datafolha: a menos de 3 meses da eleição, cresce confiança nas urnas
De acordo com levantamento, 79% dos entrevistados dizem confiar muito ou um pouco na urna eletrônica
atualizado
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A última pesquisa Datafolha, feita entre quarta (27/7) e quinta-feira (28/7), aponta que 47% da população brasileira confia muito nas urnas eletrônicas, enquanto 32% afirmam confiar um pouco. Somado, o sistema acumula um índice de credibilidade de 79%, segundo o instituto. Os que responderam que não confiam foram 20%, e 1% não soube opinar.
Com isso, a menos de três meses da eleição, cresce o número de pessoas que creem no sistema eleitoral, diante dos 73% registrados no último levantamento — 42% afirmaram confiar muito e 31%, um pouco. Na época, 24% não confiavam no sistema eletrônico.
Em março, o índice de credibilidade atingiu 82%, maior número registrado desde o início da medição, em dezembro de 2020. A parcela que desconfiava da urna marcou 17%.
A nova sondagem foi feita na semana seguinte à reunião do presidente e candidato ao Planalto em 2022, Jair Bolsonaro (PL), com embaixadores. Na ocasião, ele promoveu uma série de acusações, sem provas, sobre a segurança do sistema eleitoral, além de atacar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01192/2022. Foram ouvidos 2.566 eleitores em 183 cidades, nos dias 27 e 28 de julho.
Perfil
A suspeição sobre as urnas é maior entre os eleitores de Bolsonaro, que se dividem entre 25% que confiam muito, 44%, um pouco, e 31% não confiam. Já em relação aos eleitores de seu principal adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 60% afirmaram confiar muito no sistema, enquanto 26% declaram confiar um pouco e 14% não confiam.
Entre evangélicos, 35% dizem confiar muito, 38%, um pouco, e 26% responderam que não confiam.
O índice de alta confiança nas urnas — média de 47% — vai a 51% entre pessoas com mais de 60 anos, 54% entre quem tem ensino superior, 58% na população de renda familiar de mais de dez salários mínimos, 50% entre pretos, 52% entre desempregados e 59% entre funcionários públicos.
A média de desconfiança completa, de 20%, cai para 16% entre jovens de 16 a 24 anos, 15% entre funcionários públicos, 13% entre homossexuais e bissexuais, e sobe para 22% entre aposentados e 30% entre empresários.