1 de 1 Menino com máscara azul, puxando a manga da camisa e mão aplicando vacina no braço dele
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Pesquisa do Instituto Datafolha divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (17/1) mostra que 79% dos brasileiros apoiam a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19.
O índice equivale a 132,5 milhões de pessoas no país. De acordo com a pesquisa, 17% rejeitam a imunização do público infantil. Outros 4% não souberam opinar sobre o assunto.
O levantamento, realizado nos dias 12 e 13 de janeiro, ouviu 2.023 pessoas com mais de 16 anos de idade em todos os estados do Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
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A Anvisa aprovou, em 16 de dezembro, a aplicação do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Para isso, será usada uma versão pediátrica da vacina, denominada Comirnaty
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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos
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A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco
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Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil
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Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações
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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos
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Contudo, desde o aval para a aplicação da vacina em crianças, a Anvisa vem sofrendo críticas de Bolsonaro, de apoiadores do presidente e de grupos antivacina
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Para discutir imunização infantil, o Ministério da Saúde abriu consulta pública e anunciou que a vacinação pediátrica teria início em 14 de janeiro. Além disso, a apresentação de prescrição médica não será obrigatória
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Inicialmente, a intenção do governo era exigir prescrição. No entanto, após a audiência pública realizada com médicos e pesquisadores, o ministério decidiu recuar
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De acordo com a pasta, o imunizante usado será o da farmacêutica Pfizer e o intervalo sugerido entre cada dose será de oito semanas. Caso o menor não esteja acompanhado dos pais, ele deverá apresentar termo por escrito assinado pelo responsável
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Além disso, apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina
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Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi grave
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Países como Israel, Chile, Canadá, Colômbia, Reino Unido, Argentina e Cuba, e a própria União Europeia, por exemplo, são alguns dos locais que autorizaram a vacinação contra a Covid-19 em crianças
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Nos Estados Unidos, a imunização infantil teve início em 3 de novembro. Até o momento, mais de 5 milhões de crianças já receberam a vacina contra Covid-19. Nenhuma morte foi registrada e eventos adversos graves foram raros
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A decisão do Ministério da Saúde de prolongar o intervalo das doses do imunizante contraria a orientação da Anvisa, que defende uma pausa de três semanas entre uma aplicação e outra para crianças de 5 a 11 anos
Do total de pessoas que foram ouvidas pelo Datafolha e são a favor da imunização do público infantil contra a Covid-19, 83% são mulheres e 75% são homens. Para 13% das mulheres, crianças não deveriam receber doses contra a doença. Homens somam 22% nesse quesito.
Entre os entrevistados que se manifestaram contra a imunização de crianças de 5 a 11 anos, 22% têm entre 35 e 44 anos, 21% concluíram o ensino médio, e 28% pertencem à parcela rica do país.
O percentual a favor da vacinação na Região Sudeste do país é de 83%; 14% é contra. No Sul, os índices são de 72% e 21%, respectivamente. No Nordeste, 78% são a favor e 18%, contra. No Centro-Oeste/Norte (o Datafolha costuma agrupar essas duas regiões), 77% são favoráveis e 20% contrários.
No Datafolha, 29% do total de entrevistados declararam-se responsáveis por crianças na faixa de 5 a 11 anos de idade.
A administração do fármaco, que começou na semana passada, ocorre em ordem decrescente de idade (das crianças mais velhas para as mais novas), com prioridade para quem tem comorbidade ou deficiência permanente e para crianças quilombolas e indígenas.
O intervalo entre cada dose será de oito semanas. Caso o menor não esteja acompanhado dos pais, ele deverá apresentar um termo por escrito, assinado pelo responsável.
Segundo o Ministério da Saúde, em janeiro, o país receberá 4,3 milhões de doses; em fevereiro, outras 7,2 milhões. Por fim, em março, será entregue o maior volume: 8,4 milhões.
Ao todo, de acordo com o planejamento do Ministério da Saúde, foram encomendadas mais de 20 milhões de vacinas pediátricas da Pfizer para esta etapa da imunização.