Datafolha: 67% dos brasileiros reduziram consumo de carne e 47%, o de pão
Segundo pesquisa, cresceu o consumo de ovo como proteína substituta. Itens como arroz, feijão e macarrão também são menos consumidos
atualizado
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Pesquisa Datafolha realizada de 13 a 15 de setembro e divulgada nesta segunda-feira (20/9) mostra que 85% dos brasileiros reduziram o consumo de algum item alimentício desde o início do ano de 2021. Os itens que o brasileiro mais deixou de consumir são carne de boi, refrigerantes e sucos e laticínios.
De acordo com o levantamento, 67% cortaram o consumo de carne vermelha; 51% o de refrigerantes e sucos e 46% o de leite, queijo e iogurte. Pão francês, pão de forma e outros pães aparecem com 41% de redução.
No sentido contrário, cresceu o consumo de ovo como proteína substituta.
Outros itens básicos, como arroz, feijão e macarrão, também estão sendo menos consumidos por 34%, 36% e 38% da população, respectivamente.
Além desses itens, o consumo de frango, porco e outros tipos de carne e do grupo frutas, legumes e verduras também teve queda relevante. Nesses casos, no entanto, também se destaca o percentual de entrevistados que disse ter aumentado a compra desses itens, o que pode indicar uma substituição de itens da cesta básica.
O índice de inflação ao consumidor em 12 meses está próximo de 10%, mas a alta da alimentação em domicílio é ainda maior: chega a 17%. O destaque fica para produtos como arroz (33%), carnes (31%), ovos (14%) e leites e derivados (12%).
A pesquisa apontou que não há grande diferença entre o percentual de pessoas com redução no consumo de itens alimentícios na abertura por idade ou escolaridade, todos com percentual em torno da média de 85%.
Por faixa de renda, os percentuais são altos mesmo nas famílias com renda acima de dez salários mínimos: 67% relatam ter cortado algum desses produtos. Na faixa até dois salários, são 88%. Por ocupação, destacam-se abaixo da média os empresários (67%).
O percentual de redução fica em 75% no Sul e 89% no Nordeste. Há diferenças também entre homens (82%) e mulheres (87%); pretos (91%) e brancos (82%); pessoas que avaliam o governo federal de forma positiva (73%) e de forma negativa (89%).