Datafolha: 52% consideram que Bolsonaro tentou dar golpe em 2022
A fatia de pessoas que não acreditam que Bolsonaro tentou golpe é de 39%, enquanto outros 7% não sabem dizer
atualizado
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Pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (18/12) mostra que 52% dos brasileiros pensam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou dar um golpe de Estado para permanecer na Presidência da República.
A fatia de pessoas que não acreditam na hipótese é de 39%, enquanto outros 9% não sabem dizer. O Datafolha ouviu 2.002 eleitores sobre o tema nos dias 12 e 13 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Recentemente, a Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Além dele, outras 39 pessoas enfrentam as mesmas acusações.
No relatório final, a PF afirma que Bolsonaro “planejou atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um Golpe de Estado e da Abolição do Estado Democrático de Direito”.
O texto final com o resultado das investigações, então, foi enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR). Com isso, o procurador Paulo Gonet avaliará o material e decidirá se oferece denúncia.
O relatório final das investigações narra uma trama para decretar golpe de Estado nos meses finais de 2022, a fim de impedir que o então candidato eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assumisse a Presidência da República e, assim, manter Jair Bolsonaro no cargo.
O Datafolha ainda questionou os eleitores se o país sofreu risco de golpe de Estado em 2022. Cerca de 43% consideram que o Brasil enfrentou um risco grande, enquanto 17% pensam que houve um “risco médio”. Completam o quadro 8% que pensam que houve “risco pequeno”; 25%, que não correu risco e 7%, não sabem.
A pesquisa ainda mostra que, para 46%, Bolsonaro não teve participação na trama golpista e em plano para matar Luis Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Outros 39% consideram que teve participação e 15% não sabem.