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Datafolha: 47% acreditam que caso Bruno e Dom prejudicará Brasil

Maior parte dos entrevistados acredita que assassinato de jornalista e indigenista manchará imagem do Brasil no exterior

atualizado

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Manifestação pede justiça para mortes de Dom Phillips e Bruno Pereira. Caso Bruno e Dom - Metrópoles
1 de 1 Manifestação pede justiça para mortes de Dom Phillips e Bruno Pereira. Caso Bruno e Dom - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Dados da pesquisa Datafolha, divulgados no sábado (25/6), mostram que 47% dos brasileiros pensam que o caso Bruno e Dom prejudicará a imagem do Brasil no exterior.

Entre os 2.556 entrevistados no estudo, 26% acreditam que o assassinato afetará um pouco a reputação do Brasil. Outros 17% disseram que o país não terá prejuízo, e 10% não souberam opinar.

A pesquisa foi realizada entre os dias 22 e 23 de junho em 181 cidades brasileiras. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou menos. O registro do estudo no Tribunal Superior Eleitoral é o de número 09088/2022.

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Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados
No dia seguinte, a Univaja emitiu comunicado informando, oficialmente, o sumiço dos homens. Em seguida, equipes da Marinha, Polícia Federal, Ministério Público Federal e do Exército foram mobilizadas e deram início a uma operação de busca
Em 8 de maio, a força-tarefa efetuou a prisão do primeiro suspeito pelo desaparecimento: Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado. Vestígios de sangue foram encontrados na lancha de Amarildo após perícia da Polícia Federal 
Em 12 de junho, uma semana depois, mochilas com os pertences pessoais de Dom e Bruno foram encontradas. Não muito tempo depois, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”, irmão de Pelado, foi preso sob suspeita de envolvimento no crime
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Em 5 de junho de 2022, o jornalista Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira viajavam juntos para que Dom realizasse entrevistas para o livro que escrevia sobre a preservação da Amazônia

Photo by Victoria Jones/PA Images via Getty Images
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Arquivo pessoal
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Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados

Divulgação
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No dia seguinte, a Univaja emitiu comunicado informando, oficialmente, o sumiço dos homens. Em seguida, equipes da Marinha, Polícia Federal, Ministério Público Federal e do Exército foram mobilizadas e deram início a uma operação de busca

Reprodução/Redes sociais
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Em 8 de maio, a força-tarefa efetuou a prisão do primeiro suspeito pelo desaparecimento: Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado. Vestígios de sangue foram encontrados na lancha de Amarildo após perícia da Polícia Federal 

Arquivo pessoal
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Em 12 de junho, uma semana depois, mochilas com os pertences pessoais de Dom e Bruno foram encontradas. Não muito tempo depois, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”, irmão de Pelado, foi preso sob suspeita de envolvimento no crime

Reprodução/Redes sociais
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Mulheres realizam manifestação após morte de Bruno e Dom na Amazônia

Photo by Victoria Jones/PA Images via Getty Images
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Bruno e Dom foram interceptados em rio e executados

Material cedido ao Metrópoles
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Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e Bruno

Redes sociais/reprodução
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A tentativa de ocultação, porém, não teria dado certo. Jeferson e Amarildo retornaram no dia seguinte, esquartejaram os corpos e os enterraram em um buraco escavado. A distância entre o local em que os pertences foram escondidos e onde os corpos foram enterrados é de 3,1 km

Divulgação/Polícia Federal
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Depois de fazer uma reconstituição do caso junto a Amarildo, a força-tarefa anuncia ter encontrado “remanescentes humanos” que, mais tarde, se confirmariam como os corpos de Dom e Bruno

Reprodução/Redes sociais
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Em 16 de junho, os corpos de Dom e Bruno chegaram a Brasília para realização de perícia e confirmação de identidade

Igo Estrela/Metrópoles
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Em 19 de junho, a polícia informou ter identificado outros cinco suspeitos que teriam atuado na ocultação dos cadáveres. Segundo a PF, “os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito”

Reprodução/Twitter/@andersongtorres
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Exame médico-legal indicou que morte de Dom Phillips foi causada por disparo de arma de fogo

Photo by Victoria Jones/PA Images via Getty Images
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A morte de Bruno Pereira foi causada, segundo os peritos, por traumatismo toracoabdominal e craniano por disparos de arma de fogo com munição típica de caça, “que ocasionaram lesões no tórax/abdômen (2 tiros) e face/crânio (1 tiro)”

Funai/Divulgação
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Bruno era considerado um dos indigenistas mais experientes da Funai. Ele dedicou a carreira à proteção dos povos indígenas. Nascido no Recife, tinha 41 anos. Ele deixa esposa e três filhos

Reprodução
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Dom Phillips, 57 anos, era colaborador do jornal britânico The Guardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e morava em Salvador, com a esposa

Twitter/Reprodução

Os entrevistados também foram questionados se o assassinato terá reflexo nas atividades de organizações ambientalistas e indigenistas na Amazônia: 44% afirmaram que o crime será prejudicial às iniciativas.

Outros 26% disseram que o assassinato será pouco prejudicial às organizações que atuam na Amazônia. Além disso, 19% acreditam que o caso não terá repercussão, e 11% não souberam responder.

Amazônia

A pesquisa também ouviu opiniões sobre as consequências dos assassinatos nas ações do governo federal na Amazônia. Entre os entrevistados, 32% afirmaram que o crime prejudicará muito o trabalho do governo federal.

Outros 24% disseram que as consequências serão poucas. Além disso, 29% avaliaram que não haverá perdas, e 15% não souberam responder.

O crime

Os corpos do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira chegaram em Brasília em 16 de junho. Os restos humanos foram encontrados no local onde estavam sendo feitas as escavações, no Vale do Javari, no Amazonas. Nas redes sociais, o ministro da Justiça, Anderson Torres, confirmou que a PF encontrou restos humanos no local indicado pelos suspeitos.

As vítimas estavam desaparecidas desde 5 de junho. A PF  prendeu duas pessoas: Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, de 41 anos, e o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, 41, conhecido como Dos Santos. Um deles apontou onde havia enterrado os corpos.

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