Daniella começa a mudar diretoria ligada a Guimarães; veja nomes
A nova presidente da Caixa iniciou uma reestruturação de cargos de confiança. Ao todo, 26 consultores serão substituídos
atualizado
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A nova presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques Consentino, começou a mudar os diretores do banco ligados ao antigo gestor Pedro Guimarães. A gestora anunciou nesta terça-feira (5/7) que vai trocar 26 consultores que compõem os quadros de confiança. Embora seis demissões já tenham sido efetivadas por Daniella, ela anunciou ter decidido até o momento os nomes de apenas três substitutos.
Vão assumir diretorias a ex-secretária de Gestão Corporativa do Ministério da Economia Danielle Calazans; o ex-coordenador da Empresa Gestora de Ativos (Emgea) Alexandre Mota e a ex-subsecretária de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas, Empreendedorismo e Artesanato da pasta Caroline Busatto.
Danielle Calazans foi a primeira a ser anunciada pela presidente. Ela é servidora de carreira e trabalha na Caixa há 15 anos. Calazans será a responsável por conduzir a reestruturação de negócios do banco. “Trabalhamos juntas no ministério e ela fez um trabalho extraordinário. Vai trabalhar com pessoas, logística, contratos, vai comandar essa reestruturação”, afirmou a presidente em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (5/7).
Graduada em Engenharia de Produção Mecânica pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná e em Direito pela Universidade Federal do Paraná, Caroline Busatto vai atuar em canais de promoção e progressão de mulheres, com foco em programas de empreendedorismo feminino.
Ela tem ainda mais de 15 anos de experiência no desenvolvimento de negócios e de pessoas. É cofundadora do “Dona de Mim”, movimento pela equidade de gênero, e da “World Women Leadership”, rede que desenvolve e conecta agentes de transformação que querem atuar em projetos de diversidade e sustentabilidade.
Já Alexandre Mota, que estava na diretoria da Empresa Gestora de Ativos (Emgea), vinculada ao Ministério da Economia, cuidará de crédito e atacado. Mota fez carreira em bancos. Ele já teve passagens por Santander, BankBoston, Itaú BBA e Votorantim.
“Os outros nomes vamos definir aos poucos. Um processo seletivo está sendo iniciado na vice-presidência de pessoas, acompanhado pela Diretoria Jurídica do banco. Anunciei hoje o nome dos consultores estratégicos. Os outros ainda serão escolhidos junto com a governança do banco”, afirmou a nova presidente.
Mudança de cargo
Daniella Marques assume o cargo após a saída de seu antecessor, Pedro Guimarães, acusado por funcionárias da instituição financeira de assédio moral e sexual. As denúncias foram reveladas pelo colunista Rodrigo Rangel, do Metrópoles.
No comando da CEF, Daniella ressaltou que pretende formar sua própria equipe. Durante a coletiva, a presidente ainda reafirmou a criação de um canal de diálogo para as mulheres. Segundo ela, o apoio às funcionárias funcionará 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Qualificações
Daniella afirmou que vai zelar pelos 90 mil trabalhadores que fazem parte do corpo da instituição financeira. “As pessoas não devem ser qualificadas por gênero, cor ou opção sexual. Cada um tem sua habilidade, sua vocação, e deve ser valorizado por isso”, frisou durante entrevista.
Desde 2 de fevereiro de 2019, Daniella Marques ocupava o cargo de secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia. Antes, atuou como chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos de Paulo Guedes.
Daniella Marques é formada em administração pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e fez um MBA (modalidade de pós-graduação) em finanças pelo Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec).
Antes de entrar no governo, atuou no mercado financeiro por 20 anos, em gestão independente de fundos de investimentos. Foi também sócia-fundadora e diretora de fundos de investimento.
A relação profissional com Paulo Guedes teve início na Bozano Investimentos, empresa na qual os dois foram sócios. Como assessora do ministro, Daniella participava das decisões importantes e costumava ir, a mando de Guedes, para negociações com o Congresso e com o Palácio do Planalto.
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