Daniel Silveira a Moraes: “O Senhor vai nadar, nadar e morrer na praia”
O deputado federal está na mira da PF pelo inquérito contra ataques antidemocráticos. Outros 11 parlamentares também são investigados
atualizado
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Após ter o sigilo bancário quebrado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) alfinetou o ministro Alexandre de Moraes e disse que por “prezar pela lei”, nada será encontrado dentre seus materiais apreendidos pela Polícia Federal (PF).
“Ministro, eu queria deixar um recado para o senhor: o senhor vai nadar, nadar e morrer na praia”, defendeu, em frente à Superintendência da corporação, que visitou nesta quarta-feira (17/06).
“Aqui o senhor não está lidando com o bando que o senhor lidou há tempos atrás, não está com o partido que o senhor defendia. Aqui o senhor está com um deputado federal que preza pela lei e pela ordem e, principalmente, pela bússola moral, coisa que o senhor perdeu há muitos anos”, continuou.
Silveira é alvo da operação que investiga ataques antidemocráticos contra a Corte. Em vídeo, o parlamentar acusou Moraes, relator do inquérito, de agir contra a República democrática.
“Tem havido no Brasil um ataque à República por uma ditadura monocrática de um ministro do STF que parece que tudo que vai ao encontro a democracia, de fato, o incomoda”, alfinetou.
Na terça-feira (16/06), policias cumpriram um mandado de busca e apreensão em sua residência e levaram celulares e computadores. “Eu tô incomunicável. Tive que comprar outro aparelho celular, ou seja, gastar dinheiro à toa, por uma vaidade de um ministro que realmente se move pela vaidade. Então, ele decepciona o Brasil, o senhor não representa o Brasil, muito menos a magistratura e tudo que ela representa”, disse o parlamentar.
Além de Silveira, outros aliados do presidente da República estão na mira da PF pelo inquérito. Entre eles, membros do PSL, como o Cabo Junio Amaral (MG), Otoni de Paula (RJ), Caroline de Toni (SC), Carla Zambelli (SP), Alê Silva (MG), Bia Kicis (DF), Guiga Peixoto (SP), General Girão (RN) e Aline Sleutjes (PR), além do senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ).