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Dallagnol presta depoimento à PF como investigado nesta 2ª feira

O parlamentar cassado Deltan Dallagnol é investigado pelo STF por levantar suspeitas sobre a lisura de seu julgamento no TSE

atualizado

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Deltan Dallagnol
1 de 1 Deltan Dallagnol - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O deputado federal cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Deltan Dallagnol (Podemos-PR) foi ouvido pela Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (5/6). O parlamentar foi intimado a prestar depoimento na condição de investigado por ter com compartilhado entrevista sobre a atividade parlamentar, na qual diz que ministros do TSE teriam votado pela sua cassação movidos por interesses políticos.

A oitiva estava marcada para a última sexta-feira (2/6), mas Dallagnol alegou que a intimação não explicitava o motivo do depoimento, dizendo apenas se tratar de “termo de declarações” por ordem da “Coordenação de Inquéritos nos Tribunais Superiores”. Assim, o depoimento foi adiado para esta segunda-feira.

Dallagnol conversou com os investigadores por cerca de 1h20. Ele deu sua versão dos fatos, mas não quis comentar porque o caso está em sigilo.

O parlamentar cassado alega ter exercido “seu direito” e estar “protegido por sua imunidade sobre opiniões e palavras”. Ele também diz estar impedido de dar mais detalhes sobre a investigação, em razão do sigilo decretado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o procedimento.

A decisão do TSE pela cassação de Dallagnol foi expedida em 16 de maio, mas, por questões regimentais da Câmara, ele continua com mandato. A Corte cassou o registro da candidatura dele a deputado federal.

Julgamento

Isso ocorreu porque, no entendimento dos ministros do TSE, Dallagnol pediu exoneração do cargo de procurador do Ministério Público para escapar de julgamento no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o que poderia impedi-lo de concorrer às eleições de 2022.

Logo após a cassação, Dallagnol foi ao Salão Verde da Câmara dos Deputados e atacou membros dos três Poderes. Disse ser vítima de uma conspiração movida por pessoas a quem chama de corruptos, citando o presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT), ministro do Supremo Tribunal Federal e ex-membros do Parlamento.

“O sistema de corrupção, os corruptos e os seus amigos estão em festa. Gilmar Mendes está em festa, Aécio Neves está em festa, Eduardo Cunha está em festa, Beto Richa está em festa. (…) É um dia de festa para os corruptos, é um dia de festa para Lula”, ironizou.

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