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Dado como morto, menino agredido pelo padrasto está em estado gravíssimo

PCGO chegou a noticiar a morte da criança, mas menino de 2 anos segue internado em estado gravíssimo em Goiânia (GO)

atualizado

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Criança com mão tapando o rosto - Metrópoles
1 de 1 Criança com mão tapando o rosto - Metrópoles - Foto: Getty Images

Goiânia – A criança, de 2 anos, brutalmente espancada pelo padrasto, está internada em estado gravíssimo no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), na capital goiana. O menino chegou a ter morte cerebral atestada por um médico da Unidade de Pronto Atendimento pediátrica de Rio Verde, no sudoeste goiano, antes de ser transferido.

Em nota, a unidade de saúde informou que o menino respira com ajuda de aparelhos. “O paciente passa por uma série de exames e avaliação médica, sendo acompanhado pela equipe multiprofissional da unidade”, detalhou.

Ainda de acordo com o Hugol, as equipes médicas aguardam o resultado dos últimos exames para confirmar, ou não, a morte cerebral.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Adelson Candeo, o médico apontou diversas incoerências entre a versão do padrasto e as lesões encontradas no corpo do menino. O suspeito confessou o crime, relatando ter arremessado a criança com força e por diversas vezes contra um colchão fino, porque ela não o deixava dormir. Ele acabou preso em flagrante.

Outras agressões

Durante a agressão, o menino bateu a coluna e a cabeça, o que provocou traumas na coluna cervical, lesões no pulmão, convulsões, perda de movimentos e morte encefálica. No hospital, a polícia constatou que a vítima apresentava marcas de agressões nas pernas, nos braços e na cabeça, além de queimaduras no abdômen. À polícia os médicos relataram que a criança havia sido atendida na mesma unidade de saúde por causa de outras lesões.

De acordo com o delegado Adelson, a babá do menino havia percebido e informado para a mãe que a criança tinha medo do padrasto. De acordo com o investigador, os fatos reforçam que a mãe tinha conhecimento da violência sofrida pelo único filho.

“Ela pode responder criminalmente, sim. Podemos até representar pela prisão preventiva dela no decorrer do inquérito”, disse o delegado.

“Nós sabemos que a mãe não estava no local no momento do homicídio. Entretanto, essa criança já foi submetida a atendimento médico várias outras vezes. A gente já oficiou o hospital, queremos saber quando esses atendimentos aconteceram, quem levou e por quê. Se as lesões são desse período (três meses), há de se indicar que a mãe tinha conhecimento de que a criança era agredida pelo padrasto”, explicou Adelson.

Prisão

O padrasto foi preso e levado para a delegacia, onde afirmou que o menino caiu da cama. No entanto, ele entrou em contradição até confessar o crime. Para mostrar aos policiais como jogou a criança contra o colchão, o suspeito usou um urso de pelúcia. Ele segue detido por homicídio triplamente qualificado.

O pai da criança mora no Maranhão e foi localizado na manhã desta segunda-feira (21/11). O depoimento dele será colhido nos próximos dias.

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