CUT critica salário mínimo anunciado por Lula e defende valor de R$ 1.382
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta semana que salário mínimo subirá de R$ 1.302 para R$ 1.320 em maio
atualizado
Compartilhar notícia
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) defende aumento do salário mínimo para R$ 1.382,71. O valor representa R$ 62,71 a mais do que o anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta semana, de R$ 1.320.
O reajuste de R$ 1.302 para R$ 1.320 no mínimo começará a valer em maio.
Apesar do aumento confirmado pelo petista, a CUT afirma que não irá se “contentar com a proposta atual nem aplaudir quem nos está lesando”.
A Central Única dos Trabalhadores afirma que o crescimento do país “só se dará com uma política consistente de valorização salaria” e diz que não foi consultada para definir o valor divulgado por Lula.
Para que o novo valor do salário mínimo entre em vigor, o governo deverá editar uma medida provisória, que precisará passar pelo crivo do Congresso Nacional.
O presidente da República também anunciou que a faixa de isenção do Imposto de Renda passará de R$ 1.903,98 para R$ 2.640.
Leia a íntegra da nota da CUT sobre o novo salário mínimo:
Hoje, o governo Lula em tentativa de reparação do desmonte orquestrado pelos governos Temer e Bolsonaro, divulgou aumento do salário mínimo para R$ 1.320,00, a vigorar a partir de maio.
O salário mínimo valorizado é o maior instrumento para se diminuir a desigualdade social, apontar para o crescimento do país e remunerar corretamente a força de trabalho.
A Central Única dos Trabalhadores, que conhece os direitos e representa a maioria dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros, sabe que esse aumento não é o esperado nem suficiente.
A CUT estuda a fundo, de forma técnica, todos as variáveis que influenciam e afetam a vida do trabalhador. Os cálculos do DIEESE mostram que, se o Programa de Valorização do Salário Mínimo não tivesse sido interrompido, hoje valor deveria ser de R$ 1.382,71. O que significa uma valorização de 6,2%.
A retomada do crescimento econômico só se dará com uma política consistente de valorização salarial. É a força dos trabalhadores que movimenta a economia brasileira.
Não iremos nos contentar com a proposta atual nem aplaudir quem nos está lesando.
É importante deixar claro que a CUT não foi consultada nem ouvida a respeito do novo valor do salário mínimo.
A CUT não deixará de defender o trabalhador e seus direitos.
Reafirmamos que R$ 1.382,71 é o valor mínimo que a Central Única dos Trabalhadores defende e pelo qual trabalha.
A CUT segue na luta.
Sérgio Nobre
Presidente nacional da CUT