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Curto em ar-condicionado causou incêndio no Museu Nacional

Peritos perceberam que um primeiro sinal de fumaça foi visto em uma sala no segundo andar do prédio

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Tânia Rêgo/Agência Brasil
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1 de 1 edit_tnrgo_abr_0409184402 - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Laudo pericial produzido pela Polícia Federal aponta que um curto-circuito causado pelo superaquecimento em um aparelho de ar-condicionado foi a causa do incêndio no Museu Nacional, no Rio, em setembro. O fogo destruiu a maior parte do acervo de 12 mil itens, incluindo o crânio de Luzia. O fóssil, de 12 mil anos, é um dos mais antigos das Américas e mudou as teorias sobre o povoamento do continente. A investigação, até o momento, descarta incêndio criminoso.

O Estado teve acesso a trechos do laudo que será um dos elementos que a PF vai levar em consideração para concluir o inquérito aberto sobre o caso. A expectativa é de que o relatório final seja entregue em até duas semanas. Além do laudo, o delegado responsável pela apuração levará em consideração outros tipos de provas colhidas, como depoimentos.

Para investigar os motivos do incêndio, a PF designou peritos de diferentes especialidades, entre eles um especialista em incêndios originários de instalações elétricas, três especialistas em incêndios de grandes proporções, dois peritos treinados para reconstituição em 3D e outros dois profissionais especializados em perícia em “local de crime”, treinados para encontrar vestígios.

Os investigadores reconstruíram o local do incêndio em laboratório para interpretar todos os acontecimentos anteriores ao início do fogo e, também, a dinâmica que levou as chamas a destruir todo o prédio.

No caso do museu, ao reconstruir a cena, segundo uma fonte relatou à reportagem, peritos perceberam que um primeiro sinal de fumaça foi visto em uma sala no segundo andar do prédio onde ficava a reprodução do esqueleto do dinossauro Maxakalisaurus topai. A sala onde o esqueleto do réptil era exposto ficava no segundo andar do prédio. Exatamente abaixo dela ficava o auditório onde estava o ar-condicionado apontado pelo laudo como foco do incêndio.

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Centenas de bombeiros foram deslocados para tentar controlar as chamas
Colunas de fumaça e fogo eram vistas a distância
O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, ressaltou que é uma “negligência absurda” o ocorrido em 2 de setembro
Questionado sobre a responsabilidade do Ministério na Cultura, Leitão explicou que o órgão fez um levantamento de tudo o que era necessário para a revitalização do espaço
Representantes do museu destacaram que a tragédia serve de alerta para que outras não ocorram
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Intensa fumaça pôde ser vista em todo o complexo do Museu Nacional do Rio de Janeiro

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Centenas de bombeiros foram deslocados para tentar controlar as chamas

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Colunas de fumaça e fogo eram vistas a distância

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O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, ressaltou que é uma “negligência absurda” o ocorrido em 2 de setembro

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Questionado sobre a responsabilidade do Ministério na Cultura, Leitão explicou que o órgão fez um levantamento de tudo o que era necessário para a revitalização do espaço

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Representantes do museu destacaram que a tragédia serve de alerta para que outras não ocorram

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Um dos elementos mais valiosos é o mais antigo fóssil humano encontrado no país, batizado de Luzia, parte da coleção Antropologia Biológica

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Patrimônio perdido é incalculável

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Conclusão
A atuação dos peritos em casos de incêndio em que é aberta uma investigação criminal se baseia no que é estipulado pelo Código de Processo Penal (CPP). De acordo com a legislação, “os peritos verificarão a causa e o lugar em que houver começado, o perigo que dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio alheio, a extensão do dano e o seu valor e as demais circunstâncias que interessarem à elucidação do fato”.

Com base nas informações da perícia e nos outros dados coletados ao longo da investigação, o delegado do caso vai decidir se o incêndio poderia ter sido evitado e se há algum responsável pela condições que resultaram no incêndio. Um dos fatos que serão analisados pelo delegado é se houve negligência por parte da administração.

Embora o incêndio não tenha resultado em mortes, os investigadores apuram se o local tinha condições mínimas de segurança, sinalização de rotas de fuga e extintores de incêndio. Fontes informaram ao Estado que até o momento os investigadores não encontraram nenhum indício de que o fogo possa ter origem em um ato criminoso.

De acordo com um envolvido no caso, não foram encontrados no local qualquer produto químico que pudesse ter sido utilizado para dar início as chamas que destruíram o prédio

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