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Cúpula: indígenas e movimentos sociais marcham em defesa da Amazônia

Enquanto chefes de Estado se reúnem na Cúpula da Amazônia, manifestantes cobram nas ruas ações práticas contra a degradação ambiental

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1 de 1 marcha dos povos - Foto: Greenpeace/Divulgação

Belém (PA) – Enquanto chefes de Estado e outras autoridades dos oito países amazônicos se reúnem em um centro de convenções que teve os arredores interditados pelas forças de segurança, em Belém (PA), representantes de povos indígenas, movimentos sociais, ONGs e sindicatos marcharam pelas ruas da capital paraense, nesta terça-feira (8/8) para cobrar ações concretas contra a destruição da floresta.

A Marcha dos Povos da Terra Pela Amazônia reuniu manifestantes de vários países, que vieram para o Brasil participar de eventos que antecederam a Cúpula da Amazônia e tinham por objetivo levar para o encontro político demandas de populações tradicionais cujo modo de vida depende da floresta em pé. Os Diálogos Amazônicos, que reuniram, em todas as instâncias, mais de 20 mil pessoas, produziram documentos que foram apresentados aos chefes de Estado nesta terça.

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Marcha dos Povos da Terra pela Amazônia
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NAIARA JINKNSS e ANA MENDES

Ao final da cúpula, os chefes de Estado vão assinar uma declaração conjunta. A pressão da Marcha dos Povos é por compromissos como o fim da exploração de petróleo na região amazônica. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, chegou a pressionar pela inclusão dessa cláusula na declaração, mas enfrentou a resistência do Brasil, país anfitrião, já que o governo não desistiu de procurar petróleo na margem equatorial do Rio Amazonas, apesar de veto inicial do Ibama.

O Brasil, por outro lado, está frustrado no objetivo de convencer todos os países amazônicos a se comprometerem a zerar o desmatamento ilegal até 2030.

A Carta de Belém, como deve se chamar o documento, trará compromissos que alcançaram consenso durante as negociações. A ambição do anfitrião do evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é fazer com que os países amazônicos e outras nações que têm florestas, como a Indonésia e os Congos, ajam como um bloco político para pressionar o mundo rico por recursos para uma transição ecológica da economia.

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