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Cruze Midnight: o sedã mais intermediário numa categoria intermediária

Modelo da Chevrolet tem bom motor, visual sóbrio e é confortável. Mas, custa R$ 139.250. Ainda vale a pena investir nesse segmento?

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Cruze Midnight (10)
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As montadoras brasileiras têm tão poucas opções de sedãs à venda que é até difícil fazer um ranking top10. Em maio deste ano, por exemplo, só dois deles ultrapassaram a marca dos 4 mil unidades vendidas: o Chevrolet Onix Plus, com 5,6 mil, e o Toyota Corolla, com 4,2 mil. O Nissan Versa, o décimo da lista, só emplacou 532 em todo o país. Os dez somaram 24,8 mil emplacamentos, enquanto só as vendas dos cinco primeiros SUVs bateram os 30,8 mil. Mas, enfim, o segmento resiste: ainda é o mais buscado nos sites de seminovos e usados, ganhando dos SUVs e dos hatchs, por exemplo. 

Enquanto isso, a General Motors ainda vai encontrando formas de ‘renovar’ opções para o público consumidor desses modelos, com versões de acabamento como a Midnight tanto do compacto Onix quanto do médio Cruze (o oitavo da lista, 1.085 unidades). Esta última foi lançada no começo do ano e testada recentemente pelo Entre-eixos por uma semana. 

Agora, a pergunta de R$ R$ 139.250: vale a pena tê-lo? Vamos dividir a resposta para ficar mais fácil? Por categoria (SUV ou sedã, por exemplo), nem tanto: há utilitários-esportivos mais modernos por aí nessa faixa de preço (e se você desembolsar mais uns R$ 30 mil, então, pula de patamar). Sem falar que os sedãs estão ficando para trás em quase todos os países – e, consequentemente, perdendo valor de revenda.

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Dentro do próprio universo dos sedãs? Vale: até concorrentes benquistos, como o Honda Civic, saíram de linha – e hoje só resta o Toyota Corolla. Mas a característica ‘intermediária’ do Midnight, avaliando-se o custo-benefício, torna-a uma boa opção. 

Dentro do próprio portfólio do Cruze? Mais ou menos: a versão topo-de-linha, a Premier, custa incríveis R$ 163.580 – sendo R$ 2.150 apenas pela cor (branco perolizado). Mas o pacote de conforto de segurança e de conforto é mais recheado. Tem, por exemplo, sistema auxiliar de permanência na faixa e alertas de colisão frontal e detecção de pedestre. 

O Cruze Midnight, para a prória Chevrolet, é tão ‘intermedidário’ que traz configuração da versão inferior com pequenas características visuais distintas das demais: cor, logo-gravata da marca com fundo negro e outras. A denominação é usada em outros modelos e carrocerias: do Equinox à picape S10. Mas é um carro bonito, bem discreto – sóbrio, enfim. 

A sobriedade também entra na cabine, que segue o tom escurecido do exterior. Os materiais até que são de boa qualidade, mas sobra plástico. É confortável para quatro passageiros. E tem um porta-malas mediano, principalmente para quem tem família: são 440 litros.


Motor eficiente
Para o dia a dia, na vida urbana, é um carro muito eficiente – e o é igualmente nas eventuais pegadas nas estradas, onde se sobressai seu estilo ‘intermediário-esportivo’’, digamos assim: o motor 1.4 turbo de 153cv e 24,5 kgfm resolve bem nas arrancadas e ultrapassagens. 

E vem com câmbio automático de seis marchas –  bem precisas, por sinal. Talvez em razão de uma inteligência artificial capaz de memorizar as preferências do motorista e se adaptar ao modo de condução dele. 

Tudo isso, claro, harmoniza bem todo conjunto: do torque em rotações baixas à suavidade da transição e à chegada silenciosa da potência máxima nos 120km/h. Reforçando: não caia no discurso de ‘esportivo’, pois ele não é. Não tem mesmo aletas atrás do volante para troca de marchas manualmente.

O consumo – que, obviamente, depende tanto do comportamento do motorista quanto do carro – é padrão: na faixa dos 14km/l, em média, na medição do próprio carro.


Segurança

O pacote inclui desde a câmera de ré (com sensor de estacionamento traseiro) à regulagem da altura do facho dos faróis. Há outros recursos básicos para o segmento e faixa de preço, como controles de tração e de estabilidade e  freios a disco nas quatro rodas. Destaque para os seis airbags (frontais, laterais e de cortina). Tem também assistente de partida em rampas, monitoramento da pressão dos pneus e controlador de velocidade. 


Tecnologia
Nesse quesito, vem com a conveniente chave remota (abertura e partida), ar-condicionado com controle eletrônico de temperatura etc. E o já conhecido My Chevrolet, com Android Auto/Apple Car – embora com a necessidade de uso de cabo. 

Como em todos os modelos Chevrolet, há oferta de wi-fi próprio (três meses grátis e depois pago com planos de até 20GB) e do assistente OnStar.

O painel e o sistema de áudio são ultrapassados: pequenos, de apenas 7 polegadas, e vem acanhados visualmente. E mesmo ofertado como ‘premium’, o sistema de áudio tem 4 alto-falantes, com dois tweeters. 


 

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