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“Crucificada em 2015”, trans protesta com Bíblia na Parada Gay

Viviany Beleboni vestiu-se em protesto contra a bancada evangélica na 20ª edição da Parada do Orgulho LGBT

atualizado

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Renato Mendes/Estadão Conteúdo
20ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo
1 de 1 20ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo - Foto: Renato Mendes/Estadão Conteúdo

Protestos contra o presidente interino Michel Temer e contra a bancada evangélica na Câmara dos Deputados marcam a  20ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, neste domingo (29/5), na Avenida Paulista. Após provocar polêmica em 2015 ao desfilar crucificada em ato anti-homofobia, a transexual Viviany Beleboni neste ano vestiu-se de justiça com uma Bíblia em mãos afirmando que a “bancada evangélica é um retrocesso para o país”.

A 20ª edição da Parada tem como principal bandeira a aprovação da Lei de Identidade de Gênero para travestis e transexuais. São 17 trios voltados para o tema e a organização estima que 2 milhões de pessoas participam do evento, que vai terminar com um show no Vale do Anhangabaú.

Com gritos e cartazes, ativistas da causa LGBT protestam contra o governo Michel Temer (PMDB). Erguendo um cartaz de “Fora Temer”, a manifestante Phamela Godoy diz que, em duas semanas de governo interino, houve recuo nas conquistas LGBT. “Nós não podemos nos furtar de discutir a agenda política do País. Quando os grupos conservadores avançam, os direitos LGBT são os primeiros a serem atacados”, disse.

Phamela cita o fim do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, além da Coordenação de Política LGBT e a redução no orçamento de políticas de prevenção da Aids. “Em um País que não respeita a democracia, não é possível discutir direitos para minorias”, afirmou.

Para o presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo, Fernando Quaresma, transexuais são vítimas de “crimes com requintes de crueldade” e excluídos por não poderem usar oficialmente sues nomes sociais. “Ajuda a evitar vários problemas, como evasão escolar, falta de absorção no mercado de trabalho e problemas com a familia”, disse.

“Nós queremos dar visibilidade ao segmento ‘T’. Não só em São Paulo, em grandes centros, mas principalmente no interior sofre muito com ‘LGBTfobia’, com o preconceito e a vida à margem da sociedade”, afirmou.

Quaresma também destacou a Parada como espaço para discussões políticas e afirmou que “não adianta ter uma estrutura que não é voltada para o povo”. “Nós lutamos todos os dias pelos nossos direitos. As pessoas preconceituosas, que têm a ‘LGBTfobia’ nas veias, não param de trabalhar um dia para quebrar nossos direitos.”

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