Crivella é hostilizado por profissionais da saúde em visita à obra
Clínica da Família corre o risco de entrar em colapso por falta de medicamentos, materiais para exame e outros recursos
atualizado
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O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, foi hostilizado por funcionários de uma Clínica da Família na tarde desta quinta-feira (30/11), durante uma visita a obras do programa Favela Bairro. Segundo o jornal “O Globo”, o grupo cobrava maior atenção do poder público ao setor e chegou a chamar o prefeito de “mentiroso” e vaiá-lo em protesto.
“Espero que o senhor olhe por esta população. Sou médico da Medicina de Família e tem muita gente aí que não tem R$ 3 para comprar uma dipirona e a gente não tem para oferecer”, desabafou, emocionada, uma das manifestantes.
O prefeito rebateu o apelo dizendo que a crise não é da saúde, e sim das Organizações Sociais, já que o remédio não faltou nos hospitais, somente nas Clínicas da Família. “Não há crise nos nossos grandes hospitais. Mas Rocha Faria, Pedro II e Albert Schweitzer são OSs”, disse.
Os funcionários receberam o prefeito aos gritos de “Crivella, não tire a saúde de dentro da favela”.
Crivella disse que comprou nesta quinta (30/11) R$ 100 milhões em medicamentos e insumos para a rede municipal – inclusive as OSs.As clínicas foram concebidas dentro de uma estratégia de prevenção de doenças e atendem, hoje mais de 2 milhões de pessoas em 117 unidades. Por falta de recursos, material pçara exames e medicamentos, no entanto, correm o risco de entrar em colapso.
Há cerca de um mês funcionários e médicos entraram em greve por causa de atrasos nos salários – eles são contratados pelas Organizações Sociais. Apenas 50% está trabalhando.