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Crivella diz que faltam verbas para prevenção a enchentes no Rio

O prefeito afirmou que não há verba para realocação de pessoas que moram em áreas de risco e para construção de piscinões

atualizado

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CHUVA E ALAGAMENTO RJ.
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O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, disse nesta terça-feira (9/4) que falta dinheiro para investir na redução de efeitos de temporais na cidade. Afirmou que a prefeitura não tem recursos para, por exemplo, realocar pessoas que moram em áreas de risco para locais seguros ou para construir novos reservatórios subterrâneos (piscinões) que sirvam para escoar enchentes.

“Temos milhares de famílias morando em área de risco. Temos 750 mil bueiros que precisam ser limpos constantemente. Agora, os recursos para isso são pequenos. Dependemos de parcerias com o governo federal. A cidade do Rio de Janeiro contribui para o governo federal com R$ 160 bilhões por ano com impostos. E só recebemos de lá para cá, com muita dificuldade, R$ 5 bilhões”, disse o prefeito.

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Segundo ele, nos últimos três meses, a prefeitura não conseguiu, por exemplo, assinar nenhum novo contrato para construção de novas moradias do programa Minha Casa, Minha Vida, ou para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das encostas. Crivella também reclamou dos altos juros de empréstimos do governo federal para a cidade.

Crivella disse que é preciso rever o pacto federativo e dar mais autonomia para que as cidades possam obter seus recursos.

Morro da Babilônia
Duas pessoas morreram e uma está desaparecida por causa de desabamentos no Morro da Babilônia, no Leme, zona sul da cidade, em razão das chuvas que atingiram o Rio nas últimas horas.

Apesar disso, a sirene de alerta de deslizamentos do morro não soou, porque, segundo Crivella, o equipamento só é acionado com 45 milímetros de chuva por hora. E, no morro, choveu menos do que isso (39 mm).

O prefeito disse que, por causa disso, vai estudar rever mais uma vez os protocolos de acionamento das sirenes. Em fevereiro, quando as chuvas mataram sete pessoas, a prefeitura já tinha revisto o protocolo, ao reduzir de 55 mm para 45 mm o limite mínimo para que o equipamento alerte a população pessoas.

Entre a noite de ontem e a manhã de hoje, as sirenes soaram em 26 comunidades, onde, a princípio, não houve vítimas. Crivella pediu para que, por enquanto, os moradores dessas áreas não retornem para suas casas por causa do risco de deslizamento.

Uma terceira pessoa, um motociclista, morreu afogado na Gávea, ao ser arrastado pela enxurrada.

Situação da cidade
Segundo o prefeito, a situação mais crítica na cidade na manhã de hoje é a interdição de vias de ligação entre a Barra da Tijuca e a zona sul. Crivella pediu que as pessoas evitem se deslocar entre a Barra e a zona sul, mas, se for necessário, que usem o Metrô ou transitem pelas Linhas Amarela e Vermelha.

Ele acredita que a tendência agora é, em poucas horas, a cidade voltar à normalidade no decorrer do dia. “As águas estão escoando. A volta para casa [à tarde] deve ser bem melhor do que ontem”, disse.

O prefeito do Rio explicou que a intensidade da chuva surpreendeu a prefeitura. O mau tempo começou na hora mais crítica para a cidade: no horário de saída das pessoas do trabalho e o momento em que as pessoas tiram lixo de suas casas.

Ele disse que, na próxima chuva, a ideia é que os homens e equipamentos da prefeitura, como reboques, sejam previamente posicionados nas regiões que serão afetadas para agilizar o atendimento à população e aliviar engarrafamentos.

O prefeito também afirmou que planeja construir um reservatório subterrâneo no Jockey Club do Brasil para escoar as águas do Jardim Botânico e evitar o alagamento do bairro, que foi muito afetado pelas chuvas das últimas horas.

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