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Criticado por ausência, Macron defende importância da Cúpula da Amazônia

Macron foi chamado para reunião de Cúpula sobre Amazônia, mas recusou o convite. Decisão foi criticada pela imprensa francesa

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1 de 1 Bolsonaro Imagem colorida de Lula e Macron - Metrópoles - Foto: Corbis/Getty Images

Chefe de Estado ausente na Cúpula da Amazônia, o presidente da França, Emmanuel Macron, publicou uma manifestação em português, nesta terça-feira (8/8), defendendo a importância do encontro que reúne líderes de oito países amazônicos em Belém, no Pará, até quarta-feira (9).

“Agradeço ao Brasil e ao presidente Lula pela organização da importante Cúpula contra o desmatamento na Amazônia que hoje se inicia em Belém, e da qual participam os Estados da região e alguns dos parceiros mais engajados, entre os quais a França”, escreveu Macron, nas redes sociais.

Segundo o francês, durante o encontro, “começam a surgir as primeiras parcerias entre esses Estados florestais e entidades internacionais dispostas a contribuir para financiar iniciativas que objetivam proteger e restaurar as florestas primárias que nos são indispensáveis na luta contra as mudanças climáticas”.

Macron foi convidado a participar do evento como representante da Guiana Francesa, território ultramarino do país europeu que também abriga a floresta tropical. Porém, recusou o convite no início deste mês, e foi criticado pelo jornal francês Libération, por ação que “contradiz o discurso dele contra as mudanças climáticas”.

Ele está representado na reunião de cúpula pela embaixadora da França no Brasil, Brigitte Collet.

Pelas redes sociais, o presidente da França frisou que concorda com as principais premissas do evento: aliar preservação ambiental ao desenvolvimento sustentável para os povos amazônicos.

Ele também citou as viagens que fez no último mês ligadas à agenda climática, com destino a Libreville, no Congo, e Papua Nova Guiné.

“Durante as viagens […] defendi o modelo que consiste em conciliar a preservação da natureza e o desenvolvimento econômico, remunerando os serviços prestados, a todo o planeta, pelos Estados que abrigam as florestas e pela população desses países”, prosseguiu.

“Esse modelo, que defenderemos durante esta semana em Belém, constituirá uma de nossas prioridades na COP 28 que será realizada no final do ano. Até lá, devemos unir forças a fim de preservar as reservas vitais de carbono e de biodiversidade, no interesse dos países que abrigam as florestas, de seus habitantes e de todo o planeta”, finalizou.

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Cúpula da Amazônia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez, na manhã desta terça-feira (8/8), o discurso de abertura da Cúpula da Amazônia, em Belém (PA). Após o presidente brasileiro, chefes de Estado e representantes das demais nações que dividem a floresta amazônica também discursaram.

Durante o pronunciamento, o presidente brasileiro falou sobre a urgência de ampliar a cooperação regional e da necessidade promover “uma nova visão de desenvolvimento sustentável”.

“Precisamos combinar proteção ambiental com inclusão social”, disse Lula. “Com estímulo à economia local, combate aos crimes ambientais e valorização dos povos indígenas e tradicionais”, seguiu o presidente do Brasil.

Parte da reunião de cúpula será fechada. Ao longo da terça-feira (8/8), os chefes de Estado e representantes vão debater os detalhes de uma declaração conjunta que será assinada e deverá dispor sobre o fortalecimento da cooperação a fim de combater crimes ambientais e criar condições para um desenvolvimento sustentável.

Três dos oito países amazônicos não são representados na cúpula por seus chefes de Estado. Além do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), confirmaram presença na Cúpula da Amazônia os chefes de Estado da Bolívia (Luis Arce), Colômbia (Gustavo Petro), Guiana (Irfaan Ali) e do Peru (Dina Boluarte). A presidente peruana, inclusive, reuniu-se com Lula na noite de segunda (7/8).

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