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Crise na Petrobras: nova presidência é questionada por acionistas

Acionistas minoritários pedem assembleia extraordinária para decisão de novo presidente por considerar que Prates foi afastado da diretoria

atualizado

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Antonio Cruz/Agência Brasil
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1 de 1 Imagem colorida de Magda Chambriard - Metrópoles - Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Por meio de representantes, acionistas minoritários da Petrobras, que juntos detêm cerca de 5% da empresa, encaminharam, na noite dessa quinta-feira (30/5), pedidos para que Pietro Mendes, presidente do Conselho de Administração, convoque “imediatamente” uma assembleia extraordinária para a eleição de novo comitê.

O objetivo da solicitação, segundo a coluna da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, é constranger o governo Lula, que indicou o nome de Magda Chambriard à presidência da petroleira, com uma votação da qual participariam todos os acionistas e seriam apresentadas objeções.

Com oito dias para deliberar sobre o pedido, o atual conselho indicou que não pretende convocar nova assembleia. O caso tem potencial de se transformar em uma guerra jurídica, tendo em vista que os acionistas minoritários ainda podem recorrer à Justiça ou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Com o início da gestão de Magda tumultuado, os valores das ações podem sofrer alterações.

Por que seria necessária nova assembleia

De acordo com as cartas enviadas à direção da Petrobras, pelo escritório do empresário Juca Abdalla (cerca de 4% das ações) e pela gestora GQG Partners (mais de 1% das ações), uma nova assembleia extraordinária é exigência pela Lei das Sociedades por Ações (SAs) por entenderem que o presidente anterior da estatal, Jean Paul Prates, foi afastado. Dessa forma, seria obrigatório que todo o conselho pudesse ser votado novamente.

Entretanto, a direção da Petrobras alegou, por meio de notas públicas, que não considera a exigência uma obrigatoriedade, tendo em vista que, oficialmente, Prates renunciou ao cargo. Com isso, Magda poderia ser apontada como nova presidente e, depois, ratificada na primeira assembleia geral regular. A primeira etapa ocorreu em 24 de maio, já a segunda ainda não aconteceu.

Ainda entre os argumentos da cúpula da Petrobras contra a convocação de uma assembleia extraordinária há o de que, além de ser considerada desnecessária, ela seria cara: realizar uma reunião dessas custaria quase R$ 4 milhões.

Magda não é o único alvo

No pedido enviado pelos acionistas, segundo a coluna, fica claro que questionar a indicação de Magda Chambriard à presidência da petroleira não é o único objetivo da assembleia extraordinária. Ainda seria necessário “rever” a situação de conselheiros indicados pelo governo, que estariam em situação irregular, após a decisão de flexibilizar a indicação de políticos a cargos de diretoria em empresas estatais, assinada pelo então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski.

O receio é que o interesse em acelerar a construção de refinarias e investir na recuperação da indústria naval, por exemplo, assumidos por Magda com o presidente da República e com o ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, levariam a Petrobras a grandes prejuízos e à intervenção. Aparentemente, o pedido dos acionistas minoritários é uma última tentativa de forçar o governo a ceder em algum ponto.

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