Criminosos aplicam “golpe da 3ª dose” para clonar celular
Eles enviam mensagens em nome do Ministério da Saúde e afirmam que a pessoa pode escolher a marca da vacina
atualizado
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Criminosos estão tentando, nas vias digitais, enganar pessoas aplicando o golpe da vacina contra a Covid-19 com uma roupagem nova, no interior de São Paulo e em outros Estados. Moradores de Campinas, Atibaia e Piracicaba receberam essas falsas mensagens em nome do Ministério da Saúde, informando que o destinatário foi sorteado para receber a terceira dose do imunizante. O falso remetente diz que a pessoa tem a opção de escolher a marca do imunizante. Ao abrir um link para se cadastrar, a vítima tem o celular clonado.
A mensagem de e-mail imita o logotipo do Conecte SUS, o aplicativo que registra o atendimento de pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS). A terceira dose, ou dose de reforço, ainda não está sendo aplicada no país. O Ministério da Saúde iniciará a aplicação em idosos acima de 70 anos e imunossuprimidos a partir da segunda quinzena de setembro. No Estado de São Paulo, o governo anunciou a terceira dose para idosos com 60 anos ou mais a partir do dia 6 de setembro.
Em Campinas, o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) emitiu um alerta sobre a circulação desse falso e-mail. O documento traz um número aleatório do cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) como se fosse o da vítima, valendo-se do fato de que poucas pessoas gravam o número de seu cartão. A prefeitura de Atibaia também alertou sobre idêntica manobra de criminosos.
Moradores que já haviam sofrido tentativa de golpe em abril voltaram a ser assediados. Uma professora de Piracicaba também recebeu o e-mail, mas achou estranho, pois ela é jovem e tinha visto em noticiário que a terceira dose se destinaria inicialmente a pessoas idosas. A manobra foi detectada também em outros Estados. Houve casos em Cuiabá, Mato Grosso, e em Formiga, em Minas Gerais.
O Ministério da Saúde diz ter alertado a população para mensagens falsas. Conforme a pasta, não há agendamento para a terceira dose e o Ministério não pede dados à população nem envia códigos para usuários do sistema de saúde. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.