Crimes antigos que assombraram público vêm à tona em séries e filmes
Adaptações lançadas por plataformas de streaming em 2024 trazem de volta crimes antigos que assombraram o país
atualizado
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Adaptações cinematográficas lançadas por plataformas de streaming em 2024 trouxeram à tona crimes antigos, relembrando trajetórias, detalhes, desaparecimentos e reviravoltas judiciais. O Metrópoles destacou os casos retratados em filmes e séries, como “Maníaco do Parque”, “Volta, Priscila”, “Dahmer: Um Canibal Americano” e “Os Irmãos Menendez”.
Com o ressurgimento dos crimes antigos, o debate sobre o sistema penal e as decisões judiciais relacionadas à imposição de prisões perpétuas geraram polêmica.
Maníaco do Parque
Conhecido como Maníaco do Parque, Francisco de Assis Pereira voltou a ser um dos assuntos mais comentados em 2024, com o lançamento de um filme da Amazon Prime que retrata os crimes cometidos nos anos 1990, em São Paulo.
Com 56 anos, Francisco reacendeu o debate sobre o sistema penal brasileiro. Condenado a mais de 260 anos de prisão por matar e estuprar ao menos sete mulheres, ele confessou 11 assassinatos e 23 ataques e pode conquistar a liberdade em 2028, uma vez que a legislação brasileira limita o tempo de pena a 30 anos.
Natural de Guaraci, no interior paulista, Francisco trabalhava como motoboy na capital. Ele também era atleta e participava de campeonatos de patinação, assim como é mostrado no filme “O Maníaco do Parque”.
Francisco se disfarçava de caça-talentos e oferecia ensaios fotográficos remunerados às mulheres, prometendo-lhes a oportunidade de se tornarem modelos de sucesso. Sob esse pretexto, ele as atraía até o Parque do Estado, na zona sul de São Paulo, onde as atacava.
Volta Priscila
O desaparecimento de Priscila Belfort, irmã do lutador Vitor Belfort, ganhou grande repercussão e gerou dúvidas sobre onde estava a mulher após o lançamento da série documental “Volta Priscila”, que estreou neste ano, na plataforma Disney+, em setembro.
Há mais de 20 anos que Priscila Belfort está desaparecida. Irmã do lutador Vitor Belfort e cunhada da empresária Joana Prado, Priscila foi vista pela última vez por volta das 13h do dia 9 de janeiro de 2004, em frente à Fundação Esporte e Lazer, no Centro do Rio de Janeiro, onde trabalhava.
As investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, em determinado momento, apontaram para Gerinho, chefe da quadrilha de tráfico do Morro da Providência, um mês após o desaparecimento de Priscila. Apesar das suspeitas, nada foi comprovado.
Na época do desaparecimento de Priscila Belfort, sua mãe, Jovita Belfort, precisou reconhecer o corpo de três meninas com idades próximas à da filha. Priscila nunca foi encontrada. Sem respostas sobre o paradeiro, a família sugere, no documentário, que ela poderia ter tentado realizar um aborto e que teve graves complicações.
Dahmer: Um Canibal Americano
Lançada pela Netflix e criada por Ryan Murphy, a série Dahmer: Um Canibal Americano retrata a vida do serial killer Jeffrey Dahmer, que cometeu 17 crimes hediondos envolvendo canibalismo e necrofilia na cidade de Milwaukee, Wisconsin (EUA).
Dahmer foi enviado para uma instituição em Columbia, mesmo local em que Christopher Scarver, um outro assassino, também estava preso. Ele foi morto após deixar sua cela para realizar trabalho na prisão, ao lado de Scarver e Jesse Anderson.
O primeiro assassinato de Jeffrey Dahmer foi o de Steven Hicks, então com 19 anos de idade, em 1978. Os homicídios do jovem ficaram ainda mais frequentes entre 1987 e 1991, quando começou a procurar vítimas mais ativamente. Ele foi preso em 22 de julho de 1991 e confessou os crimes, assim como o seu modus operandi.
Irmãos Menendez
Na reta final de 2024, a Netflix ganhou ainda mais repercussão ao lançar a série Monstros – Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais, em setembro. A série retrata o assassinato dos milionários José e Mary Louise Kitty Menendez, mortos pelos próprios filhos, Lyle e Erik Menendez, em 1989. O caso dividiu opiniões no mundo todo.
Enquanto a acusação afirma que os irmãos agiram movidos pelo desejo de herdar a fortuna da família, Lyle e Erik continuam, até hoje, afirmando que cometeram os assassinatos para escapar de anos de abusos físicos praticados pelos pais.
O caso dividiu o público: um lado ainda defende os irmãos, enquanto o outro alega que eles queriam a herança dos pais. Os irmãos foram separados em 10 de setembro de 1996, após serem condenados à prisão perpétua pelo assassinato dos pais.
Com a reabertura do caso, o promotor George Gascón, de Los Angeles, recomendou que um juiz reanalisasse a sentença dos irmãos. A decisão foi adiada.
O governador da Califórnia afirmou que respeita o papel do promotor público na garantia de que a justiça seja feita, mas que adiaria a revisão e análise do caso para o novo promotor, antes de tomar uma decisão sobre clemência.