Crianças feridas em ataque à creche em SC terão alta em até 24 horas
As crianças feridas em ataque à creche que deixou 4 mortos estão internadas em Blumenau. Elas passaram por procedimentos cirúrgicos
atualizado
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As quatro crianças feridas em um ataque à creche Bom Jesus, em Blumenau (SC), têm quadro de saúde estável e devem receber alta médica nas próximas 24 horas. A informação foi compartilhada pela vice-prefeita do município, Maria Regina Soar, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (5/4).
As crianças estão internadas no Hospital Santo Antônio. Elas passaram por procedimentos cirúrgicos e, de acordo com a vice-prefeita, estão em uma sala de recuperação anestésica.
“Até o final do dia, serão liberadas para o leito de enfermaria, previsto alta médica para as próximas 24 horas”, informou a gestora.
Segundo comandante Diogo, do Corpo Militar de Bombeiros, uma das crianças teve um ferimento mais profundo na região do pescoço. Apesar da situação, o quadro de saúde da vítima é estável.
“Procedemos uma avaliação primária de todas as crianças. Foi identificado no local o óbito de quatro delas e o ferimento de mais quatro. Tão logo conseguimos estabilizar essas vítimas e elas foram conduzidas rapidamente a uma unidade hospitalar pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu)”, informou o comandante.
Perfil do autor
De acordo com o delegado Ulisses Gabriel, da Polícia Civil de Santa Catarina, o autor do crime, identificado como Luiz Henrique de Lima, tinha outras quatro passagens policiais. A primeira delas foi registrada em 2016, por uma briga em casa noturna.
Em 2021, Luiz Henrique esfaqueou o próprio padrasto. No ano seguinte, em 2022, o homem foi autuado por posse de cocaína. No mesmo ano, ele foi autuado após quebrar o portão da casa do padrasto e esfaquear um cão.
De acordo com o delegado, o homem é natural de Salto do Lontra, no Paraná, mas desde 2019 possui documentos registrados em Santa Catarina.
Ele responderá por quatro homicídios triplamente qualificados e quatro tentativas de homicídio triplamente qualificadas. O delegado Ulisses Gabriel informou que a polícia vai apurar todas as circunstâncias que causaram o crime, “desde a motivação até o planejamento”. A audiência de custódia ocorrerá até quinta-feira (6/4).
As autoridades também solicitaram à Justiça a quebra dos sigilos telemático e telefônico do autor. O grupo Meta, responsável por redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas como Facebook e WhatsApp, informou que está à disposição para repassar todas as informações à polícia.
“Vamos fazer uma análise do perfil psicológico desse indivíduo para que possamos traçar comportamentos e começar uma sistemática em Santa Catarina de perfis que possam praticar esses ilícitos. Vamos avaliar condutas prévias”, informou o delegado.