Criança vítima de maus-tratos é encontrada comendo fezes de cachorro
Quatro crianças estavam sem comer e sem tomar banho há vários dias. A mais nova tem 4 anos e é autista
atualizado
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Uma das quatro crianças resgatadas vítimas de maus-tratos, em Barra de São Francisco (ES), foi encontrada pelos policiais comendo fezes de cachorro, em 29 de agosto. Segundo informações do jornal Folha Vitória, ela é autista e tem 4 anos de idade.
Os pais das crianças foram autuados em flagrante por maus-tratos, cárcere privado e lesão corporal, mas conseguiram alvará de soltura após audiência de custódia. Eles deverão comparecer em Juízo para justificar suas atividades semanais, manter o endereço sempre atualizado e comparecer aos atos processuais. Na decisão, também consta que os pais devem ficar afastados das vítimas até decisão da Vara de Infância.
A casa estava suja e havia fezes de animais por todo o local. Além disso, as crianças não se alimentavam há vários dias, só ficavam dentro de casa e não tomavam banho há muito tempo. Uma das vítimas não conseguia andar de tanta fraqueza.
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As crianças receberam atendimento médico e foram levadas para um abrigo da cidade. O pai das duas mais velhas, de 12 e 10 anos, fruto de um relacionamento anterior da mãe, pretende pleitear a guarda provisória das filhas. Ele alega que a mulher sumiu há cerca de 7 anos, quando os dois moravam juntos em Carapicuíba, em São Paulo.
Denúncia
A Polícia Militar e o Conselho Tutelar do município foram à residência após uma denúncia da diretora da escola em que uma das crianças estuda. Ela conta que ligou para o pai informando que ela deveria fazer uma prova presencial, mas que ele só a levou depois de muita insistência.
Na escola, os professores tentaram fazer perguntas à criança, mas ela apresentava apenas respostas prontas. Os docentes, em seguida, colocaram a vítima em uma sala separada para tentar conversar. No encontro, a diretora observou que a criança parecia estar sofrendo pressão psicológica e “mal parava em pé de fraqueza”. Ela, então, fez a denúncia ao Conselho Tutelar.
O caso é investigado pela Delegacia Regional de Barra de São Francisco, que realiza diligências e aguarda a chegada dos laudos periciais.