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Criança negra de 5 anos é chamada de cocô em escola de São Paulo

Estilista filmou relato da criança e denunciou racismo contra o filho. No vídeo, o menino chora e questiona se “vai ficar branco”

atualizado

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Reprodução/Redes Sociais
Criança é vítima de racismo em escola de São Paulo
1 de 1 Criança é vítima de racismo em escola de São Paulo - Foto: Reprodução/Redes Sociais

A estilista Claudete Alphonsus usou as redes sociais para denunciar um caso de racismo sofrido pelo filho de apenas 5 anos na última sexta-feira (16/9), em São Paulo.

Em conversa com o filho, a mulher descobre que colegas de classe o chamaram de “cocô” devido à cor da pele. Claudete filmou o diálogo com a criança e publicou nas redes.

O menino contou à mãe que havia recebido a ofensa racista, pois tem a pele “marrom”. “Cor de cocô, porque cocô é marrom. Eu sou um cocô”, afirma a criança.

Depois, o menino fala que “tem cara feia” e chora. Em outro momento, o menino pergunta para a mãe se “vai ficar branco”.

A estilista responde: “Você não precisa ser branquinho. Você nasceu assim, pretinho e lindo”. Veja:

Revolta

Nas redes sociais, a estilista afirmou que o filho estava cabisbaixo e desanimado para ir para a escola. Ela resolveu conversar com a criança e descobriu o que havia ocorrido.

“Foi a coisa mais dolorosa de ouvir. Senti meu coração dilacerar, partir em pedacinhos. Sofri com ele, chorei com ele, e pelo a todos que cuidem dos filhos de vocês, tomem conta do mental de seus filhos pretos, e não permitam que os machuquem”, disse.

A estilista denunciou o racismo e o dano psicológico que o preconceito pode causar, ainda mais durante a infância. “Não permitam que façam seus filhos acharem que são feios por serem marrom. Ele tem cinco anos e já sofre o peso da cor”, lamentou.

Após a repercussão do caso nas redes sociais, Claudete recebeu uma série de mensagens de apoio. A estilista disse estar “fortalecida com todo o carinho, afeto e atenção”.

A mulher disse que a criança está bem, e que tem mostrado ao filho as palavras de carinho enviadas por pessoas de todo o país. “Entendi que nunca estarei só nessa luta contra a discriminação racial”, escreveu.

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