Criança morreu ao cair de prédio: moradora responderá por homicídio culposo
Mãe do garoto de 5 anos, empregada do apartamento, passeava com cães. Menino foi a uma área aberta, de onde caiu de uma altura de 35 metros
atualizado
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Em Recife (PE), a proprietária do apartamento onde estava o garoto Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, que morreu nesta terça-feira (02/06) após cair do 9º andar do condomínio Píer Maurício de Nassau, um dos prédios conhecidos como “Torres Gêmeas”, no centro da cidade, responderá por homicídio culposo, após ser autuada em flagrante nesta quarta-feira (03/06). As informações são do Jornal do Commercio.
A mulher, cuja identidade não foi revelada, foi parcialmente responsabilizada pela morte da criança. A moradora, que era empregadora da mãe do garoto, pagou fiança – determinada pelo delegado em R$ 20 mil – e, como previsto em lei, foi liberada.
As primeiras investigações apontaram que a mulher teria permitido que o garoto entrasse sozinho no elevador antes de ir até uma área comum dos apartamentos, de onde caiu de uma altura de 35 metros.
De acordo com a perícia do Instituto de Criminalística, a suspeita é de acidente. A grade do guarda-corpo do prédio ficou com marcas, sugerindo que o menino subiu no local, e a barra quebrou com o peso da criança. A sacada da área comum não tinha tela de proteção.
Negligência
As imagens das câmeras do circuito interno de TV do condomínio foram a principal prova da “negligência” – como a polícia definiu – da proprietária do apartamento no episódio.
Já está totalmente descartada, entretanto, qualquer relação da moradora com a queda da criança – o que provocou a sua morte antes mesmo de chegar ao Hospital da Restauração (HR), para onde foi socorrida.
As imagens mostram que Miguel tentou entrar no elevador em busca da mãe – a empregada doméstica Mirtes Renata Santana da Silva, que passeava com o cachorro dos patrões na rua – uma primeira vez, sendo detido pela mulher.
Numa segunda tentativa, após a criança apertar no interruptor de vários andares, a moradora – provavelmente irritada com a insistência do garoto em sair do apartamento à procura da mãe – o deixa seguir no elevador, apenas observando a porta do equipamento se fechar.