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Cracolândia: tráfico faz usuários de escudo humano, diz secretário

Secretário de Assistência e Desenvolvimento Social defende que dispersão da Praça Princesa facilita o atendimento aos dependentes químicos

atualizado

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Fotos aéreas da Cracolândia mostram usuários de drogas em grande movimentação - Metrópoles
1 de 1 Fotos aéreas da Cracolândia mostram usuários de drogas em grande movimentação - Metrópoles - Foto: Fábio Vieira/ Metrópoles

São Paulo – Carlos Bezerra Júnior, secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo, avaliou que a dispersão da Cracolândia na Praça Princesa Isabel facilitou o atendimento aos dependentes químicos.

O secretário abordou esse aspecto ao ser questionado se a retirada de usuários e traficantes de drogas da praça é eficaz a longo prazo. Bezerra apontou que os grupos menores ficam menos vulneráveis à ação ostensiva do tráfico.

“A dispersão acaba fazendo com que as pessoas em menores grupos estejam mais abertas aos agentes sociais. Há também um problema grave, que é os traficantes utilizarem os dependentes químicos como escudo humano”, afirmou ao Metrópoles.

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Maconha, crack, cocaína, uma balança e cadernos com anotações também foram apreendidos
Objetivo da operação é combater o tráfico de drogas na Praça Princesa Isabel, no centro da capital paulista, nova localização da  cracolândia
Polícias Civil e Militar, a Guarda Civil Metropolitana e funcionários da Prefeitura de São Paulo fazem operação na cracolândia
Tiros foram ouvidos durante confusão na antiga Cracolândia
Ida da Cracolândia para a Praça Princesa Isabel foi ordenada pela organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo a Polícia Civil
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Operação na cracolândia para cumprir mandados de prisão e retirar da região as barracas de usuários de drogas

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Maconha, crack, cocaína, uma balança e cadernos com anotações também foram apreendidos

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Objetivo da operação é combater o tráfico de drogas na Praça Princesa Isabel, no centro da capital paulista, nova localização da cracolândia

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Polícias Civil e Militar, a Guarda Civil Metropolitana e funcionários da Prefeitura de São Paulo fazem operação na cracolândia

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Tiros foram ouvidos durante confusão na antiga Cracolândia

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Ida da Cracolândia para a Praça Princesa Isabel foi ordenada pela organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo a Polícia Civil

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Cracolândia se mudou do entorno da Praça Júlio Prestes para o centro da Praça Princesa Isabel em março de 2022

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Na quinta (12/5), um homem foi baleado e morto durante operação policial na região. Três policiais civis confirmaram que fizeram disparos no local.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a perícia vai apurar se o tiro que causou a morte do homem saiu da arma de um desses agentes.

Maior atendimento

“A grande concentração dificulta as abordagens individuais, porque quanto maior a presença de traficantes, do crime organizado, em meio aos dependentes químicos, maior a complexidade”, disse, referindo-se ao trabalho dos assistentes sociais.

Segundo Bezerra, a atuação da Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social na região é permanente.

“O fluxo se deslocou, mas continua no território, e nós vamos continuar dando o apoio que sempre demos, seja na praça ou em outros pontos da cidade. Nós estamos superatentos”, afirmou Carlos Bezerra.

Operação na Cracolândia

As operações na Cracolândia estão sendo coordenadas no âmbito municipal pela Secretaria Executiva de Projetos Estratégicos e contam com a participação das secretarias de Desenvolvimento e Assistência Social, Direitos Humanos e Cidadania, Saúde e Segurança Urbana.

Outros órgãos que atuam na região são a Guarda Civil Metropolitana e Subprefeitura da Sé. Já as investigações ficam com a Polícia Civil.

“A Assistência Social não atua junto com a polícia, são papéis distintos. A assistência busca criar vínculos. Nossas ações promovem o acesso aos serviços socioassistenciais e às demais políticas públicas, desencadeiam o processo de saída das ruas e, se possível, promovem o retorno à família”, explicou o secretário.

Atendimento

Após serem abordados na rua, os usuários de drogas passam por um acolhimento no qual recebem roupas, alimentação e atendimento hospitalar emergencial.

Em seguida, aqueles que aceitam, ganham tratamento especializado para dependência química. A última etapa é a ressocialização, que garante uma vaga de emprego no Programa Operação Trabalho.

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