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CPMI acha fotos de Hitler, armas e clã Bolsonaro no celular de ex-PRF

No aparelho não há mensagens enviadas por Silvinei Vasques, desse modo, a CPMI deduziu que o ex-PRF tinha o hábito de apagar seus arquivos

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Imagem colorida do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques
1 de 1 Imagem colorida do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Entre o conteúdo encontrado no celular do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, alvo de investigações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas do 8 de Janeiro, estão fotos dos ditadores Adolf Hitler e Benito Mussolini, imagens do militar segurando armas e registros ao lado do clã Bolsonaro.

No aparelho, também havia áudios de xingamentos e cobranças contra os bloqueios em rodovias federais promovidos pela própria PRF durante o segundo turno das Eleições de 2022. A informação é do blog da Malu Gaspar.

Hitler, Mussolini, armas e Bolsonaro

O celular de Silvinei tinha fotografias de Hitler ao lado do então ministro da propaganda do regime nazista, Joseph Goebbels, e do corpo de Mussolini pendurado pelos pés em um posto de gasolina. Em outras imagens, o ex-chefe da PRF aparece segurando uma bazuca.

Porém, de acordo com a jornalista, o material do celular contém indícios de as imagens terem sido encaminhadas por terceiros. Não há mensagens enviadas por ele – desse modo, a CPMI deduziu que o ex-chefe da PRF tinha o hábito de apagar os próprios arquivos.

Em 3 de outubro, o ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu as quebras de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático do ex-chefe da PRF, que tinham sido aprovadas pela CPMI dos Atos Golpistas do 8 de Janeiro, no Congresso Nacional.

Silvinei também salvou fotos ao lado do então presidente Jair Bolsonaro (PL) e da então primeira-dama Michelle Bolsonaro durante as comemorações do Bicentenário da Independência — o evento é alvo de investigações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por propaganda indevida antes do período eleitoral.

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O ex-diretor da PRF é acusado de improbidade administrativa por, supostamente, fazer campanha para Bolsonaro no exercício do cargo
Ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques fala à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro
Advogado Eduardo Pedro Nostrami Simão, que defende o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques
Advogado Eduardo Pedro Nostrami Simão, que defende o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques
Ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques está preso desde agosto de 2023
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Silvinei Vasques é investigado pelo Ministério Público Federal devido a uma operação da PRF realizada nas estradas durante o domingo das eleições presidenciais

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O ex-diretor da PRF é acusado de improbidade administrativa por, supostamente, fazer campanha para Bolsonaro no exercício do cargo

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Ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques fala à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro

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Advogado Eduardo Pedro Nostrami Simão, que defende o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques

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Advogado Eduardo Pedro Nostrami Simão, que defende o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques

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Ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques está preso desde agosto de 2023

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Silvinei Vasques foi diretor-geral da PRF no governo Bolsonaro

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Ex-corregedor da PRF foi acusado de omitir denúncias contra Silvinei Vasques

Carolina Antunes/PR
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Patriota exerceu comando no Amazonas e Pará quando Silvinei Vasques era diretor-geral da PRF, no governo Bolsonaro

Reprodução

CPMI do 8 de Janeiro termina após 4 meses

Na semana passada, a defesa de Silvinei solicitou ao juízo da 15ª Vara Federal para que os advogados do Senado Federal, da CPMI do 8 de Janeiro, compartilhem os depoimentos e documentos que provam a participação do ex-chefe da PRF nos atos antidemocráticos.

A CPMI termina nesta terça-feira (17/10), depois de quase quatro meses e meio de investigações, com a leitura do relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Na quarta (18/10), o colegiado vota a aprovação do texto.

Conforme balanço de depoimentos feitos e documentos recebidos, expedidos e rejeitados, a CPMI do 8 de Janeiro recebeu cerca de 11.931 arquivos com documentação sigilosa.

O que diz a defesa de Silvinei

Ao Metrópoles o advogado Eduardo Pedro Nostrani Simão disse “não conhecer a existência desses áudios e dessas fotos”. “E que a participação de grupos de WhatsApp pode ensejar a baixa automática para a biblioteca”, afirmou.

Em resposta às alegações de que Silvinei apagava as conversas, Simão pontuou que “o certo é que todos nós apaguemos”. “A memória do celular não é infinita. Silvinei nunca manifestou à defesa nenhum tipo de preconceito e discriminação”, diz trecho do comunicado.

“Silvinei, no comando da PRF, agiu com inteligência e conseguiu cumprir a missão de liberar as pistas. Não usou torcida de futebol como sugeriu aquela excêntrica personagem na CPMI”, concluiu a defesa.

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