CPMI das Fake News: Gleisi e dono da Havan são convocados
Os depoentes convocados são obrigados a comparecer e não podem mentir, sob risco de receber voz de prisão
atualizado
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Criada no congresso para apurar a disseminação e produção de notícias falsas, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News aprovou nesta quarta-feira (23/10/2019) requerimentos de convocação da deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), do empresário dono da rede Havan, Luciano Hang, e do assessor especial da Presidência da República Tércio Arnaud Tomaz.
O dono da Havan e Tércio, que em suas redes sociais compartilham mensagens de apoio a Bolsonaro e contrárias à esquerda, foram chamados pelo deputado Rui Falcão (PT). Ambos atuaram na campanha eleitoral do presidente. A deputada foi chamada por parlamentares do PSL que fazem parte da comissão.
Os depoentes convocados são obrigados a comparecer e não podem mentir, sob pena de receber voz de prisão.
Outros depoimentos
O assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Filipe G. Martins, além de Mateus Matos Diniz e José Matheus Salles Gomes, comissionados de confiança do presidente, e o blogueiro de direita Allan dos Santos, fundador do movimento Terça Livre, também foram convocados.
Os representantes do site TextNow e da empresa Quick Mobile, foram convocados para falar na CPMI. Segunda a Folha de S. Paulo, eles foram os responsáveis pelos disparos de Fake News contra o PT na campanha eleitoral de Bolsonaro. O jornal publicou que Luciano Hang teria bancado a tática ao custo de R$12 milhões por contrato.
Em entrevista para a Globo News, o suplente da chapa do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), Paulo Marinho (PSDB-RJ), admitiu que na campanha o empresário emprestava sua mansão para a instalação de um estúdio responsável pela comunicação do então candidato Jair Bolsonaro. Marinho, que rompeu com o filho do presidente, também foi convocado.
A opinião de Eduardo sobre a ida de Carlos Bolsonaro
O líder do PSL na Câmara, Eduardo Bolsonaro afirmou nessa quarta-feira (23/10/2019), estar “um tanto quanto indiferente” sobre à possibilidade de Carlos, seu irmão e vereador pelo Rio de Janeiro, deponha na Comissão Parlamentar Mista de Inquéritos das Fake News.
Eduardo mostrou uma posição favorável ao seu irmão: “A questão do Carlos Bolsonaro é usada aqui como moeda de troca. Barganha, né? Convocá-lo ou não para mim é, sinceramente, um tanto quanto indiferente. Se ele vier aqui, acho que ele vai falar muitas verdades, como sempre nas redes sociais.”
O deputado filho do presidente utiliza muito suas redes sociais para expor opiniões polêmicas e mensagens em defesa do pai. Carlos também utiliza o Twitter do presidente Jair Bolsonaro.