“CPMF de batom”, diz Simone Tebet sobre novo imposto defendido pelo governo
A parlamentar acredita que, até agora, a ideia apresentada pelo governo não é suficiente para definir os rumos da reforma
atualizado
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O novo imposto que o governo federal tenta criar para tributar operações digitais não está sendo bem recebido entre parlamentares do Congresso Nacional. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) disparou, nesta segunda-feira (3/8), contra o projeto, comparando a natureza da cobrança com a antiga Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF) com retoques de maquiagem.
“Não adianta passar um batom na CPMF para que o Congresso ache que ela seja diferente agora e imagine que ela não vai se utilizar, como antes, é de suas unhas, nas contas dos contribuintes”, disse em entrevista ao jornal local Midia Max.
Simone frisou que “o brasileiro já está entre os povos que mais pagam impostos do mundo, o que não condiz com a má qualidade de serviços públicos prestados”. Na opinião da parlamentar, o contexto de pandemia não é o melhor momento para testar um novo imposto.
“Tenho convicção de que o Congresso Nacional não vai aprovar mais impostos, especialmente para impactar na classe média e no bolso dos mais pobres”, afirmou.
“Precisamos de uma reforma tributária séria, que simplifique a cobrança de tributos, desburocratize, inverta essa lógica de cobrança no consumo e ajude a promover a justiça tributária, cobrando mais de quem recebe mais”, destacou.
Ainda segundo a senadora, a proposta não está clara o suficiente. Para Simone, o que foi apresentado pelo governo até agora não é suficiente para definir, com clareza, os rumos que deseja para uma reforma.