metropoles.com

CPIs do MST, Futebol e das Americanas chegam à última semana na Câmara

As comissões estavam previstas para encerrar na semana passada, mas ganharam uma sobrevida de mais sete dias

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Vinícius Schmidt/Metrópoles
foto colorida mostra plenário da câmara dos deputados MP das Subvenções recesso - Metrópoles
1 de 1 foto colorida mostra plenário da câmara dos deputados MP das Subvenções recesso - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

As Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), das Americanas e sobre manipulação de resultados em partidas de futebol, instaladas na Câmara dos Deputados em maio deste ano, chegam ao fim nesta semana, sem muitos avanços.

Os colegiados tiveram o prazo de funcionamento prorrogados por sete dias pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na última quinta-feira (14/9). A decisão de Lira aconteceu após a suspensão das comissões para concentrar esforços na votação de três pautas prioritárias do governo federal, antes do recesso parlamentar. Os colegiados passaram uma semana sem sessões.

De acordo com o regimento interno da Câmara, as CPIs têm prazo de funcionamento de 120 dias — que podem ser prorrogados por até 60 dias.

Ao longo desta semana, os relatores de cada colegiado devem apresentar e votar o parecer sobre os trabalhos conduzidos pelas comissões. Os documentos serão votados pelos membros de cada CPI.

 

 

 

CPI do MST

Uma das mais polêmicas e tumultuadas comissões da Câmara nos últimos meses, a CPI do MST teve presidência do deputado Coronel Zucco (Republicanos-RS) e relatoria de Ricardo Salles (PL-SP). A Comissão teve início em maio deste ano e previa o encerramento na última semana, com a apresentação do relatório. Agora, os deputados do grupo votarão o relatório do relator Ricardo Salles (PL-SP) na próxima quinta, 21 de setembro.

O colegiado foi incentivado por nomes da oposição com objetivo de associar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a crimes atribuídos ao MST. A CPI ouviu lideranças e ex-membros do movimento, autoridades ligadas ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a outros órgãos da mesma seara.

A atuação dos deputados ao longo dos trabalhos, no entanto, foi frustrada em diversas ocasiões. A mais recente ocorreu quando o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu, em 4 de setembro, depoimentos da gestores do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral).

Na decisão, o ministro atendeu a um pedido da Assembleia Legislativa de Alagoas. O órgão defendeu que a CPI estaria ultrapassando suas competências ao fiscalizar atos custeados pelo erário estadual. A ação frustrou os membros da CPI, que suspenderam todas as reuniões e audiências do colegiado até a leitura do relatório.

No documento obtido pelo Metrópoles, o relator da CPI vai pedir o indiciamento do ex-ministro do Gabinete Institucional de Segurança (GSI) Gonçalves Dias, o GDias, do líder da Frente Nacional de Luta (FNL) José Rainha, do deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) e do diretor-superintendente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iterra-AL), Jaime Messias Silva.

CPI das Americanas

Instalada com objetivo de investigar inconsistências fiscais e supostas fraudes na empresa Americanas S.A, a CPI já teve relatório elaborado e lido no colegiado em 5 de setembro. Ao longo dos trabalhos, deputados ouviram advogados e ex-diretores da empresa.

O documento redigido pelo deputado Carlos Chiodini (MDB-SC), no entanto, não conseguiu apontar os responsáveis pelo rombo de R$ 20 bilhões e pela dívida de R$ 43 bilhões deixada nos cofres da empresa.

“Não foi possível, no atual estágio da investigação, identificar, de forma precisa, a autoria dos fatos investigados, nem imputar a respectiva responsabilidade criminal, civil ou administrativa a instituições ou pessoas determinadas, ante a necessidade da realização de outras diligências e da coleta de elementos de prova mais robustos”, consta no relatório.

No parecer, Chiodini também fez sugestões de projetos legislativos para aprimorar a sistemática de governança corporativa. O documento deve ser votado pelo colegiado ainda nesta semana.

CPI das Apostas Esportivas

Com relatoria do deputado Felipe Carreras (PSB-PE), a CPI que apura manipulação no resultado de jogos de futebol ouviu uma série de autoridades policiais, atletas e representantes de casas de apostas esportivas.

O relatório deve ser apresentado e votado pelos parlamentares em sessão nesta semana. Membros da CPI já adiantaram que o documento resultará em um projeto de lei com propostas de regulamentação do setor. A divulgação do parecer coincide com a análise de um projeto de lei enviado pelo governo federal com regras de taxação e regulamentação do ramo de apostas esportivas. A proposta pode ser votada nesta semana pelo plenário da Câmara.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?