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Fávaro se diz a favor da reivindicação de terras, mas contra a invasão

Sua presença não era certa até ontem. Na terça-feira (16/8), o ministro chegou a informar à CPI que não participaria

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Imagem colorida do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, durante audiência pública do governo - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, durante audiência pública do governo - Metrópoles - Foto: Antonio Araujo/Mapa

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ouviu, nesta quinta-feira (17/8), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Sua presença não era certa até essa quarta (16/8). Na terça (16/8), o ministro chegou a informar à CPI que não participaria da sessão.

A negativa foi criticada por Ricardo Salles (PL-SP), presidente da comissão. Ele afirmou que Fávaro “fugiu” da audiência e chamou o ministro de “traidor do agro”.

No entanto, Fávaro mudou de posição e informou à CPI que participaria da audiência. O requerimento de convite ao ministro foi apresentado pelo deputado Evair de Melo (PP-ES).

“Quero aqui relatar que compreendi que se tratava de um convite e fiquei honrado em poder vir colaborar com esta comissão, mas que da forma que foi conduzido se tornou uma convocação, porque o fato de você ser convidado, você pode não ajustar a data”, disse Fávaro logo no início da sessão.

Fávaro será o segundo ministro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a prestar depoimento ao colegiado. Na última semana, Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar, participou de audiência na CPI.

Sobre terras devolutas, a discussão foi acalorada, especialmente após a interferência de governistas. Fávaro afirmou ser legítima a reivindicação das terras, mas disse ser contra a invasão de terras públicas.

Acompanhe:

Oposição recorre a Lira

Após comentários preconceituosos durante sessões do colegiado, ataques a ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a tentativa de associar o governo a crimes atribuídos ao MST, líderes partidários negociaram uma série de trocas na composição da CPI.

acordo permitiu que sete deputados da ala mais extremista da oposição e do Centrão fossem substituídos por novos nomes. As mudanças envolveram partidos como Republicanos, União Brasil e PP — siglas que têm buscado mais espaço no governo.

Além disso, em ato da Mesa Diretora, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), atendeu a um recurso apresentado por Nilto Tatto (PT-SP) e cancelou o depoimento de Rui Costa, ministro da Casa Civil, ao colegiado.

As mudanças desagradaram Salles, relator do colegiado, e Zucco (Republicanos-RS), presidente da CPI, além de membros da bancada do agro.

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